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NASA divulga foto de ‘arco-íris’ em Marte e explica fenômeno

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Enquanto perambula por Marte e se dedica a análises variadas, o rover Perseverance envia diversas imagens para cá, e uma delas, capturada no último domingo (4), é de cair o queixo. O robozinho registrou um evento no Planeta Vermelho que, até então, era algo exclusivo a habitantes da Terra, divulgado pela Agência Espacial Norte-Americana (NASA): a presença de um arco-íris no céu extraterrestre. Como era de se esperar, o fato viralizou na internet; entretanto, o balde de água fria veio logo depois.

Andrew Good, especialista do Jet Propulsion Laboratory, explica que este é apenas o resultado de um reflexo na lente da Hazard Avoidance Camera, equipamento responsável pela fotografia. De todo modo, pesquisadores de várias áreas de estudo apresentaram algumas ideias antes dos esclarecimentos – e as hipóteses sugerem que, em algum momento, o espetáculo pode, de fato, ocorrer.

Ao Futurism, Andrew deu detalhes: “Temos guarda-sóis nos Hazcams frontais, que foram considerados essenciais, [mas não] nos traseiros, então você ainda pode ver artefatos de luz dispersos em suas imagens.” Sem a proteção, vêm as difrações.

Além do arco-íris…

Se, por aqui, o show ocorre após a refração da luz do Sol por gotículas de água – um elemento raro na superfície árida de nosso vizinho espacial –, meteorologistas, em entrevista ao Futurism, destacam que um arco-íris marciano pode nascer a partir do reflexo gerado por grãos de poeira.

Por outro lado, segundo comentário de Rich Zurek feito em 2015, cientista-chefe do programa de exploração do Planeta Vermelho da NASA, nuvens formadas por partículas de gelo são abundantes por lá. Então, não se descarta a aposta de que elas iniciariam tais projeções.

Sabe-se que outros lugares também podem ter fenômenos físicos semelhantes. Por exemplo, gotículas de ácido sulfúrico na atmosfera de Vênus criam padrões únicos na região.

Por sua vez, Titã, lua de Saturno, possui gotas de metano líquido o bastante em sua atmosfera para formar chuvas – carecendo, entretanto, de iluminação direta suficiente, o que dificultaria a produção de eventos coloridos, ainda que não os impossibilitando de todo, aponta o radioastrônomo Alastair Gunn, em postagem no blog Science Focus, da BBC.

Oportunidades para testemunharmos algo do tipo em Marte teremos de sobra daqui para frente, com tantas missões em andamento. Além disso, quem sabe o que o futuro nos reserva quanto a outros destinos.

 

 

João Marcelo de Assis Peres

joao.marcelo@guiadocftv.com.br

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