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Câmeras para vigilância ganham inteligência

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Sistemas podem “entender” imagens que registram.
“Se as câmeras são os olhos, sistemas representam o cérebro”, compara especialista.

Pesquisadores e fabricantes uniram seus esforços para dar inteligência às câmeras de vigilância, equipamentos cada vez mais presentes no cotidiano das pessoas. Em vez de restringir sua função ao monitoramento, esses aparelhos devem começar também a interpretar o que vêem — com isso, eles poderão identificar bolsas sem donos em aeroportos, adivinhar o peso das pessoas ou disparar um alerta caso o andar da pessoa filmada denuncie que ela esconde algo.

Esse tipo de inovação fará com que menos pessoas tenham de assistir às imagens capturadas, já que o próprio equipamento poderá identificar algo estranho. “As autoridades perceberam que podem usar câmeras para estarem em diversos lugares ao mesmo tempo”, afirmou Roy Bordes, dono de uma consultoria de segurança em Orlando (Flórida, EUA).

Sistemas que usam inteligência já foram colocados em prática nos Estados Unidos. Em Chicago, por exemplo, câmeras espalhadas pelas ruas podem detectar disparos de armas e avisar à polícia. Já em Baltimore, esses aparelhos tiram fotos de pichadores de muros, além de disparar um arquivo de áudio para essas pessoas. Também há cassinos cujas câmeras identificam golpistas que já estiveram no local antes.

Sistemas de vigilância inteligente utilizam algoritmos de computador para identificar as imagens gravadas pelas câmeras. Essa tecnologia pode ser programada para buscar itens em particular, como uma bolsa sem alguém por perto ou pessoas que transitam por lugares onde não deveriam.

“Se você pensa em uma câmera como seu olho, esses softwares são considerados seu cérebro”, comparou Patty Gillespie, diretora de processamento de imagens do Laboratório de Pesquisas do Exército, nos Estados Unidos.

O professor de engenharia Rama Chellappa, da Universidade de Maryland, trabalha no desenvolvimento de um sistema que pode identificar, pela maneira como as pessoas caminham, se elas são consideradas ameaças. Alguém que carrega uma arma sob seu casaco, por exemplo, anda de uma maneira diferente.

O transporte metroviário de Barcelona, na Espanha, também conta com câmeras inteligentes para prevenir acidentes. Quando uma pessoa entra em uma área onde não deveria, o equipamento envia um alerta para os seguranças que podem ir até o local. Edward Troha, executivo da empresa ObjectVideo, que fornece essa tecnologia, afirma que o sistema pode ser usado para a segurança de casas e escritórios.

Origem: Notícias G1

Marcelo Peres
Editor do Guia do CFTV

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