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Impasse pode mudar local de instalação de câmeras em Bauru

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A área central de Bauru pode perder o projeto de monitoramento de segurança por câmeras para outros pontos da cidade. Caso o impasse sobre quem deve ser o responsável pela operação do dispositivo não seja definido, os equipamentos de segurança podem receber um novo endereço. Áreas com altos índices de acidentes e também elevada atividade comercial são os sugeridos. A região da zona sul, como a avenida Getúlio Vargas, é a indicada.

O vereador Primo Mangialardo (PV), que batalhou pela aprovação do repasse de verba da prefeitura para a aquisição do sistema de vigilância, critica a falta de consenso. “Desde 2000 defendemos que o monitoramento é segurança para as pessoas e para o comércio”, ressalta. Ele destaca que o problema precisa ser resolvido com urgência para a cidade não ficar mais um ano sem as câmeras. “Temos que acertar ainda no primeiro semestre. Se deixarmos para o semestre que vem, será período de eleições e a prefeitura não poderá licitar mais nada”, lembra.

Caso a vigilância no Centro não seja concretizada, Primo já estuda alternativas para não perder os R$ 350 mil destinados ao projeto de monitoramento neste ano. “Conversei com empresários na região da Getúlio Vargas que se mostraram bastante animados com a possibilidade”, destaca.

Para Primo, a Associação das Empresas do Calçadão (AEC), que se comprometeu em arcar com a manutenção do equipamento, adotou uma postura intransigente ao não concordar em também custear o monitoramento. O trabalho inicialmente seria efetuado pela Polícia Militar (PM), que depois explicou que não poderia assumir a função. Primo destaca que o poder público fez o seu papel. “A administração fez o máximo. A verba foi conseguida e agora ainda querem que a prefeitura pague pelo resto? Não está certo”, critica.

O vice-presidente da Associação de Empresas do Calçadão (AEC), Francisco Alberto Franco de Bernardis, o Kiko, ressalta que o problema não é financeiro e sim a responsabilidade em lidar com as imagens, que não seria da alçada da entidade e sim do poder público. Para ele, a Empresa Municipal de Desenvolvimento Urbano e Rural de Bauru (Emdurb) seria a principal beneficiada com o sistema. A assessoria de comunicação da Emdurb informa que a empresa municipal também não possui condições para esta função.

Para Kiko, Primo está indo contra o projeto. “Nós repudiamos a atitude do vereador porque de dez reuniões realizadas pelo grupo ele participou de uma. E esse é um trabalho desenvolvido há anos. A PM, a prefeitura e ele identificaram que o Centro deveriam receber o plano piloto e a ida dele para outro local traria um prejuízo a todos”, observa.

Surpresa
Pego de surpresa com a informação de que existe a chance do sistema de vigilância ir para a zona sul, Luiz Evandro Manflin, coordenador da setorial Asa Sul da Associação Comercial e Industrial de Bauru (Acib), destaca que caso seja real a possibilidade do Centro não ser contemplado com o monitoramento, os empresários do local teriam condições de arcar com o investimento.

“A avenida Nossa Senhora de Fátima teve 13 furtos em lojas no último semestre, além do grande índice de vandalismo. Se abrir a possibilidade do monitoramento para outras regiões de Bauru, com certeza teríamos apoio para dividir a despesa”, observa.

Origem: http://www.jcnet.com.br/editorias/detalhe_geral.php?codigo=123985

Marcelo Peres
Editor do Guia do CFTV

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