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No mundo 3D, o Homem de Ferro é quase realidade

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Em "Homem de Ferro", Tony Stark cria sua armadura empregando
ferramentas de modelagem que usam um holograma tridimensional que
permite ao herói testar a adaptação das peças ao corpo sem precisar
criar um modelo físico.

Exagero high-tech, sem dúvida. Mas, como ocorre com os serviços
on-line, a integração de aplicativos também é um dos indicadores para o
futuro da modelagem tridimensional.

Como em "Homem de Ferro", integração de aplicativos é um dos indicadores para o futuro da modelagem tridimensional

Os softwares de modelagem (CAD/CAM, sigla em inglês para desenho e
manufatura auxiliados por computador) tiveram seu início nos anos 80,
com projetos militares –um certo paralelo com o filme, pois as Forças
Armadas são grandes clientes da empresa de Stark. Levaram a prancheta
do arquiteto para a tela do computador e lá ficaram.

Modelagem e produção

"A mudança para o 3D foi a base para um grande salto nesse de
aplicativo", diz Acir Marteleto, gerente-geral da Autodesk no Brasil.

"O software de modelagem não fica apenas restrito a criar objetos ou
maquetes virtuais. Hoje ele ajuda a analisar, testar e até simular
situações que envolvem um projeto", conta.

É mais ou menos o que acontece com o trabalho de Tony Stark no
filme, "já que ele testa a armadura e vê se ela atende as suas
especificações", diz o executivo da Autodesk. O ato de simular a
armadura seria possível hoje com o uso de sensores no corpo e inserindo
os dados em ambientes de realidade virtual, de acordo com Marteleto.

O projetor holográfico usado pelo Homem de Ferro (e, em outro modo,
em séries policiais como "Bones") ainda é algo distante, mas montadoras
e empresas aeronáuticas já usam softwares de modelagem em conjunto com
monitores 3D para simular e corrigir projetos de carros e aviões.

Plantas on-line

Outro exagero comum visto em filmes é a rapidez com que bombeiros
entram em prédios em chamas sem conhecer sua planta ou locais de risco.
Los Angeles, na Califórnia, é local para testes de um projeto da
Autodesk (entre outros) que une bases de dados da defesa civil,
bombeiros e polícia.

No caso de um incêndio, os bombeiros podem checar a planta do local
pare achar rotas de fuga ou tubulações de água ou gás. A evolução dos
aplicativos para ajudar engenheiros e arquitetos a criar projetos segue
o rumo da integração, como nos mapas e serviços on-line.

Integração

"No futuro, todos os dados estarão juntos. Em um projeto de
apartamento, por exemplo, será possível medir na planta quanto um
eletrodoméstico irá gastar naquele local, criando edifícios com análise
de inteligência antes de ficarem prontos", diz Marteleto.

"Será possível simular e antecipar um projeto e seu impacto
ambiental antes de começar a construir, possibilitando a construção de
prédios mais "verdes’", conclui o executivo. Por essa, nem as séries de
TV esperavam.

 

Origem: Folha de S.Paulo

 
Marcelo Peres
Editor do Guia do CFTV

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