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Câmeras de vigilância hackeadas são usadas em ataques cibernéticos

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O jornalista especializado em segurança da informação Brian Krebs e a empresa de hospedagem de servidores OVH relataram na última semana ataques cibernéticos de centenas de gigabits por segundo. Os ataques têm um ponto em comum: ambos foram realizados com a ajuda de sistemas de vigilância, como câmeras e aparelhos de gravação (DVR).

A ação pretende derrubar os serviços gerando um grande volume de tráfego, impedindo o funcionamento normal dos sites. Esse tipo de técnica é chamada de “ataque de negação de serviço distribuído” (DDoS, na sigla em inglês).

Os ataques quebram recordes: o site KrebsOnSecurity.com, mantido por Brian Krebs, foi alvo de um ataque de 665 Gbps, o maior ataque já registra contra um único alvo. A Akamai, que oferecia proteção gratuita ao site do jornalista, tirou a página da sua rede porque o ataque estava prejudicando os clientes pagantes do serviço. Krebs recorreu ao “Project Shield”, uma iniciativa do Google que oferece proteção gratuita a sites jornalísticos contra esse tipo de ataque. Segundo Krebs, se ele tivesse que pagar por essa proteção no mercado, o custo poderia chegar a US$ 200 mil (R$ 640 mil) por ano.

Krebs já foi alvo de hackers e trotes no passado por seu trabalho. Especula-se que o ataque de agora seja uma retaliação pela reportagem sobre o serviço vDOS. O vDOS era um serviço de “booter”, ou “DDoS sob demanda”. Dois isralenses operavam o serviço e teriam faturado ao menos US$ 600 mil (quase $$ 2 milhões) realizando mais de 150 ml ataques. Os dois suspeitos foram presos pelo FBI logo após a reportagem de Krebs ser puiblicada. Krebs afirmou que a capacidade de realizar esses ataques a um preço baixo, enquanto a defesa custa caro, é uma “democratização da censura”.

Já a OVH, que oferece serviços a um grande número de sites e empresas, está lidando com vários ataques simultâneos. Juntos, eles atingem a marca de 1,1 Tbps (terabits por segundo). Isso é o equivalente a um milhão de megabits por segundo.

Segundo uma publicação no Twitter de Octave Klaba, fundador e diretor de tecnologia da OVH, a empresa identificou uma rede zumbi com 145.607 câmeras e aparelhos DVR que é capaz de ataques de até 1,5 Tbps.

origem: http://g1.globo.com/tecnologia/blog/seguranca-digital/post/cameras-de-vigilancia-hackeadas-sao-usadas-em-ataques-ciberneticos.html

Sirlei Madruga de Oliveira
Editora do Guia do CFTV
sirlei@guiadocftv.com.br

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