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O 5G e suas possibilidades para a segurança eletrônica

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O 5G e suas possibilidades para a segurança eletrônica

Saiba como conectividade 5G e segurança eletrônica serão aliados no desenvolvimento de soluções inovadoras e quais são os impactos dessa tecnologia no setor.

Com a chegada da quinta geração da rede de internet móvel, muitos setores serão beneficiados com uma Transformação Digital ainda mais acentuada. A junção entre 5G e segurança eletrônica, por exemplo, criará diversas possibilidades de inovação para o mercado.

Isso porque essa nova tecnologia facilitará a transferência de dados e permitirá que mais dispositivos de Internet das Coisas (IoT) funcionem simultaneamente. Além disso, será crescente o uso de tecnologias de Inteligência Artificial (IA), que para a segurança eletrônica significa a entrega de um serviço mais eficiente ao usuário.

Para o diretor da Informa Markets responsável pela Futurecom, Hermano Pinto, existem três pilares para essa transformação digital: conectividade de baixa latência, conectividade em massa para bilhões de dispositivos IoT e conectividade ampliada em termos de capacidade de banda larga.

“O 5G reúne uma série de inovações tecnológicas, que permitem fornecer algumas condições fundamentais para acelerar a Transformação Digital das mais diversas verticais da economia. Para a segurança eletrônica, poderão ser colocados em rede uma grande multiplicidade de novos dispositivos, que operem com grande volume de informações e de resposta rápida”, afirma.

O que esperar da união entre 5G e segurança eletrônica

Atualmente, os sistemas eletrônicos de segurança já dependem muito de conectividade via wi-fi e redes móveis, principalmente aqueles com acesso remoto do usuário. Nesse sentido, o 5G será responsável por criar possibilidades melhores.

“Como exemplo, temos as câmeras omnidirecionais de alta definição, com interação física imediata com o ambiente, ampliando o espectro de possibilidades em termos de comunicação crítica”, destaca o diretor da Futurecom.

Contudo, isso é apenas o básico, pois se tratando de 5G e segurança eletrônica, essa combinação tornará possível o uso de ferramentas até então consideradas “futuristas”, mas que já se tornam parte do cotidiano.

Basta olhar para o conceito de Smart Houses, onde a segurança é um dos itens que mais se destaca. Leitura biométrica, acesso por voz e imagem de alta definição, que são essenciais nos serviços de segurança eletrônica, funcionarão de modo ainda mais eficiente com a rede 5G.

No entanto, esse impacto não será sentido apenas no setor privado. A segurança pública também se beneficiará da tecnologia 5G ampliando as possibilidades de monitoramento e vigilância em vias públicas, com o uso de IA para reconhecimento facial, análise de áudios com alta definição e detecção de movimentos, e integração e compartilhamento de grandes bancos de dados, por exemplo.

Preparação para a chegada do 5G no Brasil

No Brasil, a transição entre a rede atual (4G) e a nova rede de internet móvel deve começar efetivamente em 2021. Mas terá um longo caminho pela frente, já que dependerá de grandes investimentos, tanto no setor público quanto no privado.

Para que os recursos de 5G e segurança eletrônica estejam disponíveis, devem ser levados em conta vários aspectos.

“Tudo dependerá da disponibilidade da infraestrutura a ser implantada. Para uma atuação efetiva das funcionalidades permitidas pelo 5G, a rede a ser constituída deverá prover a cobertura e o alcance necessários para que a ‘conectividade ampliada’ seja realmente alcançada. Novas antenas, espectros múltiplos, conexão de alta velocidade (fibra óptica) e processamento de rede (edge-computing) são alguns dos parâmetros a serem considerados”, explica Hermano.

Nesse sentido, o desempenho das empresas de tecnologia será fundamental frente aos desafios da implementação da rede 5G aliada à segurança eletrônica. Segundo Hermano Pinto, existem dois princípios a serem incorporados no desenvolvimento de serviços digitais sob o novo contexto de segurança de dados: o Privacy by Design e o Privacy by Default.

“O conceito de Privacy by Design incorpora salvaguardas à privacidade e à segurança em todos os projetos, passando a ocupar uma posição central e prioritária em seu desenvolvimento e implantação”, esclarece ele.

“Já o Privacy by Default é uma decorrência do Privacy by Design, pois considera que qualquer novo produto ou serviço só possa ser lançado com todas as salvaguardas que foram concebidas durante o seu desenvolvimento”, complementa Hermano.

No entanto, o diretor da Informa Markets ressalta que esse é um passo que será dado mais além, por conta da existência de redes legadas, que não tiveram tais conceitos de segurança priorizados quando foram originalmente implantadas.

Proteção de dados na rede 5G

Uma das questões mais levantadas sobre a implantação da rede móvel 5G é quanto à proteção de dados. Considerando que a segurança eletrônica parte do princípio de integridade do usuário, a possível vulnerabilidade do novo sistema passa a ser uma preocupação.

Devido à complexidade na gestão das redes 5G, os desafios em torno da segurança de dados se tornam maiores. Afinal, quanto mais dispositivos conectados e ferramentas disponíveis em rede, mais chances serão dadas a invasores.

Por isso, a implantação de novos mecanismos de segurança e de conceitos como Privacy by Design devem ser considerados no projeto de dispositivos e na orquestração das redes, como prevenção para ataques DDoS.

Por fim, Hermano ressalta: “a maior deficiência de segurança ainda é — e sempre será — o usuário, cujo comportamento será objeto de atenção e treinamento para que portas não sejam abertas a ataques oportunistas. Nesse sentido, o uso de IA será cada vez mais relevante para coibir comportamentos inadequados”.

origem: ABESE

Sirlei Madruga de Oliveira

Editora do Guia do CFTV

sirlei@guiadocftv.com.br

 

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