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Brasilia – Escolas com câmeras em banheiros e salas de aula

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Mesmo sem ter sido sancionada pelo governo, a lei que prevê a instalação de câmeras de seguranças nas escolas públicas já começou a ser colocada em prática no Distrito Federal . Vários centros de ensino já adotam o sistema. Alguns resolveram ir além e não pouparam nem mesmo banheiros e salas de aula, que permanecem sob a vigília das lentes. Inicialmente, o objetivo era garantir a segurança no local, mas os alunos passassem a ser monitorados constantemente, o que causou críticas por parte dos estudantes.

O Centro de Ensino nº 8 de Taguatinga é uma das escolas que adotou o monitoramento ostensivo. A vigília é feita por 11 câmeras. Elas ficam espalhadas nos corredores, laboratórios de informática e no banheiro masculino, que freqüentemente tem as paredes pichadas. A diretora da escola, Silvana Leite Fonseca, defende a utilização dos equipamentos. “Os alunos deixaram de pichar os banheiros após a instalação das câmeras, mas a idéia é polêmica e não agradou a todos os pais”, conta. As câmeras foram retiradas há poucos meses do local após reclamações de estudantes e responsáveis.

Sala de aula
Considerada uma turma “agitada”, a 6ª série “A” do centro de ensino nº 8 também não escapou das lentes. A sala é a única monitorada pelo sistema de segurança. A justificativa é o alto índice de repetência. Somente no último ano, a turma teve mais de oito alunos reprovados, do total de 40. O aluno. Jefferson Santos, 13 anos, diz que se sente incomodado com o equipamento. Para ele, a mudança não interfere no desempenho dos colegas. “No início, a turma ficou quieta, mas na semana seguinte, a bagunça voltou. Tudo continuou do mesmo jeito”, conta.

Contrária à posição do jovem, a professora de matemática, Maria do Carmo, afirma que a presença das câmeras mantém a disciplina dentro e fora da sala de aula. Segundo ela, o sistema permite saber o que muitos alunos dizem não fazer. “Sempre que algo errado acontece, eles afirmam que não fizeram. Mas com a câmera está tudo registrado. Não tem o que contestar”, diz a professora.

A escola gastou mais de R$ 2 mil na aquisição e instalação das 11câmeras de segurança. A coordenação afirma que ainda pretende instalar novos equipamentos em outros pontos. “Estaremos satisfeitos se conseguirmos pelo menos mais cinco câmeras. Assim, controlamos nossos estudantes e evitamos roubos”, diz a diretora Silvana Leite Fonseca. O último roubo no local aconteceu há pouco mais de um ano. Três computadores e uma máquina de xerox foram levados por assaltantes durante um fim de semana.

Origem: http://noticias.correioweb.com.br/materias.php?id=2721256&sub=Distrito%20Federal

Marcelo Peres
Editor do Guia do CFTV

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