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São Roque, em busca da gestão eficiente, vira Cidade Digital

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Serão três as etapas que transformarão a estância turística de São
Roque (SP), a 60 quilômetros da capital, em Cidade Digital, com
tecnologia sem fio pré-WiMAX. O município de 65 mil habitantes está
completando a primeira delas. A intenção é ter tudo implementado até
agosto. Estão sendo conectados aproximadamente 40 pontos, distribuídos
pelos 308 quilômetros quadrados da cidade. 

A rede municipal foi viabilizada por sete torres e 40 antenas repetidoras. O projeto começou no início do ano, e é implementado pela CMA Telecom. A primeira etapa conectou os pontos mais fáceis de interligar, onde não há obstáculos geográficos. A segunda, prevista para acontecer entre julho e agosto, vai implementar a rede nos pontos de dificuldade mediana de instalação. A última, mais complexa, prevista para agosto, vai proporcionar a interligação dos pontos mais distantes.

"O relevo de São Roque é muito acidentado. Somos uma área de serra. Existe até a possibilidade de não conseguir completar totalmente a rede sem fio, pelo fato de esta tornar-se muito cara quando demanda muitas antenas repetidoras", diz Reinaldo Luiz Perazzolli, assessor de Tecnologia da Informação da Prefeitura de São Roque. "Nesses pontos que não puderem ser atendidos, contrataremos link banda larga da companhia telefônica, se for preciso. Mas certamente não vamos deixar de informatizar", completa.

Eficiência administrativa

A cidade não tem secretarias, mas sim departamentos (de educação, saúde, etc.). A maioria deles fica no próprio prédio da prefeitura, o Paço Municipal. Todos eles serão conectados, além da Guarda Municipal, os Bombeiros, as 20 escolas de ensino fundamental, alcançando 11 mil alunos, e as nove unidades de saúde. Destas, duas já está sendo conectadas na primeira fase do projeto − a unidade central de saúde e o Centro de Saúde 2. As demais unidades serão interligadas durante a segunda e a terceira fases.

Segundo Perazzolli, o objetivo é não só proporcionar conectividade à internet, mas, principalmente, melhorar a eficiência da gestão pública, ter uma comunicação online entre os órgãos e a integração de sistemas. "Nosso foco agora não é só colocar computadores, mas informatizar pra atender melhor o público, poder tomar decisões mais rapidamente e ter uma visão mais integrada", diz o responsável pelo projeto.

Para isso, já estão sendo adquiridas soluções para as principais áreas − educação, saúde e segurança. Na primeira, elas permitirão a centralização e informatização do histórico de alunos e, posteriormente, matrícula eletrônica. No setor de saúde, os novos sistemas, já em fase de aquisição, irão informatizar o almoxarifado, a dispensação e o controle de medicamentos e, também, permitir o uso de prontuário e agendamento eletrônicos.

Na área de segurança, segundo Perazzolli, os planos incluem utilizar a banda de internet para colocar circuito fechado de TV e câmeras de monitoramento em pontos-chave da cidade, nas escolas e demais instalações públicas, a fim de monitorar o município nos pontos mais críticos de trânsito, onde há maior incidência de furtos e outras ocorrências.

"A idéia básica é ter um centro de controle de operações, onde a Guarda Municipal possa visualizar as imagens geradas pelas câmeras e tomar atitudes mais rápidas", resume o assessor de TI da prefeitura, garantindo que a cidade é tranqüila, apesar da proximidade com a metrópole paulistana. "Não temos muita violência, mas as câmeras sempre ajudam na prevenção, inibem", avalia.

O uso de voz sobre IP (VoIP) está também no planejamento. Porém, ainda é só idéia que, nos cálculos de Perazzolli, só será levada adiante a partir do final deste ano e início do próximo. “Já estamos preparados para implementar a segunda fase, que vai comportar, além da rede de dados, a de voz”, adianta Rubens Fischer, diretor da CMA Telecom. Para isso, seria preciso uma banda dedicada de internet.

Na parte de acesso pela população, São Roque ainda não está com as atividades adiantadas. Não há telecentros próprios, municipais. Nas próximas semanas, porém, será instalado na biblioteca municipal o telecentro fornecido pelo governo federal por meio do programa do Ministério das Comunicações que está doando kits para montagem de telecentros em todas as cidades do país.

Nas escolas, porém, a situação é diferente. Apesar de a maioria ainda não ter acesso à internet (chegará nos próximos dois meses), muitas já têm laboratório de informática e participam do projeto Educa São Roque, uma parceria do Departamento de Educação com a Positivo Informática.

"A empresa tem todo o equipamento e a metodologia. O Departamento de Educação faz a formação de professores, envolvendo-os cada vez mais no processo", diz Maria de Jesus, diretora do Departamento de Educação da cidade.

Nas salas de aula foram montadas as mesas educacionais fornecidas pela Positivo, isto é, carteiras especialmente projetadas para incluir o computador. Além de as aulas serem ministradas utilizando transversalmente a informática, os próprios alunos produzem projetos que podem ser incluídos no portal com conteúdo voltado pra questão de educação, o www.educasaoroque.pro.br.

*Matéria publicada no Guia das Cidades Digitais (www.guiadascidadesdigitais.com.br)

 

Origem: Convergencia Digital 

Marcelo Peres
Editor do Guia do CFTV

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