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Problemas em Monitoramento Público em São José do Rio Pardo

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Jornal denuncia problemas no sistema de monitoramento urbano de São José do Rio Pardo

O sistema de vigilância eletrônica instalado em São José do Rio Pardo
foi abandonado no meio do caminho. Da previsão inicial amplamente
divulgada, pouco se cumpriu.

Casa Branca acaba de anunciar investimentos iniciais de R$ 886,7 mil para implantar sistema de vigilância eletrônica na cidade e nos distritos de Lagoa Banca e Venda Branca. Serão instaladas 60 câmeras fixas dotadas de infravermelho (para visão noturna) e oito do tipo Speed Dome (com cobertura de 360º). Esse acervo é muito superior ao existente em São José do Rio Pardo, que tem área urbana bem maior. Outra boa notícia – para os casa-branquenses – é que 80% desse investimento virá da Senasp – Secretaria Nacional de Segurança Pública, por efeito de convênio celebrado entre município e União.

Nesta região, São José foi pioneira na adoção do sistema de câmeras de vigilância. Lançada de maneira rumorosa, a idéia nasceu maculada por graves falhas, a começar pela forma de coletar recursos financeiros para viabilizá-la. Particulares pediram dinheiro – bem pouco, por sinal – a um banco, ao qual prometeram que a prefeitura daria a contrapartida. Começou mal, com particulares prometendo dar o que é público. Quando essas coisas se misturam, é confusão certa.

Não deu outra. Este DEMOCRATA foi o primeiro a denunciar o deslize, fazer com que o prefeito recuperasse o juízo e promovesse licitação para definir a qual banco entregar o tesouro municipal, as contas-salário dos funcionários e espaço nobre para a instalação de um posto de serviços bancários. Venceu o Bradesco, que deu à prefeitura mais de R$ 2,1 milhões pelos direitos antes cedidos a outro banco por pouquíssimos R$ 600 mil – dos quais apenas metade fora entregue.

Dessa quantia de R$ 2,1 milhões, tão superior aos R$ 300 mil até então investidos nas câmeras, nada foi canalizado para o sistema de monitoramento. O que hoje se tem é o que antes já havia, muito abaixo de qualquer necessidade. As poucas câmeras dependem de boa (e inexistente) iluminação, pois não contam com infravermelho para visão noturna. O raio de abrangência das câmeras giratórias não é suficiente. Por haver poucas câmeras fica impossível fazer vigilância completa em qualquer logradouro – com mais câmeras vigia-se por completo uma praça, por exemplo, permitindo-se focar vários pontos simultaneamente.

Conclui-se que o sistema de vigilância eletrônica semi-instalado em São José do Rio Pardo é mais um exemplo de eficiência duvidosa, estando aquém do prometido e do esperado. Outro fogo de palha que só ardeu no estardalhante começo – aliás, como muita coisa que acontece nesta cidade.

 

Origem: http://www.jornaldemocrata.com.br/materias/read.asp?Id=4227&Secao=120

 
Marcelo Peres
Editor do Guia do CFTV

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