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Grande ABC tem 473 câmeras

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As centrais de monitoramento interligadas às câmeras nas cidades se tornaram um dos principais aliados das forças de segurança. No Grande ABC, são 473 equipamentos, sendo que Rio Grande da Serra é o único município que não conta com o recurso. São Bernardo não forneceu os dados até o fechamento da edição.

A tecnologia possibilita que os chamados para as ocorrências sejam feitos de forma quase que instantânea. A cidade de São Caetano, que atualmente conta com 11 câmeras, finalizou licitação para a reformulação do sistema de monitoramento. A empresa vencedora foi a ITS Brasil e o contrato garante 250 máquinas, além da manutenção dos equipamentos que já funcionam.

Em Diadema, são 65 câmeras, número que não aumenta há dois anos. Conforme a Prefeitura, há planejamento de instalação de mais equipamentos, porém não foram fornecidos mais detalhes.

Já em Ribeirão Pires a administração está em fase de implantação de 36 câmeras. Elas serão voltadas para a segurança pública, porém também vão possibilitar o trabalho em conjunto com o Centro de Monitoramento, integrando guardas civis, agentes de trânsito e Defesa Civil.

Santo André conta com 83 câmeras e Mauá com o maior número da região, sendo 250 em prédios públicos e 28 nas principais vias do município. A cidade afirmou que tem perspectiva de aumento no monitoramento com 21 câmeras por parte do programa Crack, É Possível Vencer ou por meio do Consórcio Intermunicipal.

Conforme o especialista e gerente em segurança da Universidade Presbiteriana Mackenzie Orlando Taveiros, o fator determinante para a quantidade de câmeras não é o tamanho da cidade, mas as estatísticas. “Com base nos dados, é feito o mapeamento da região e se verifica o delito de maior incidência e os principais locais. A partir daí você consegue ampliar o olhar para os pontos mais críticos”, disse.

O especialista afirma que os equipamentos são extremamente necessários na prevenção dos crimes, mas que todos os setores responsáveis devem estar interligados. “É como se houvesse a ampliação dos sentidos, sendo que as câmeras são janelas que expandem a visão, mas é uma parte do todo. A comunicação adequada seriam os ouvidos e os agentes de segurança os braços.”

DE OLHO NOS ANDREENSES

Uma das principais iniciativas que englobam o videomonitoramento é o Crack, É Possível Vencer, do Governo Federal, que destinou R$ 2,5 milhões à Prefeitura de Santo André em 2014. Fazem parte do orçamento quatro motos, quatro viaturas, 100 pistolas de condutividade elétrica, 40 câmeras e dois micro-ônibus de monitoramento.

Os dois veículos deviam atuar principalmente nas áreas onde há concentração de usuários de drogas e também seriam utilizados em grandes eventos na cidade. O problema é que as câmeras ainda não foram disponibilizadas pela União, o que, segundo o secretário de Segurança, coronel José Luís Navarro, não tem prazo.

“Recebemos vários equipamentos, como as pistolas, mas para as câmeras ainda não há previsão do governo federal, então, vamos ter que fazer uma adaptação para que os veículos não fiquem parados”, contou.

Conforme o secretário, a redução nos índices criminais em alguns pontos chegou a ser de até 70%. A PM é avisada do que está acontecendo em tempo real, o que possibilita o acompanhamento. “É porque tem uma resposta rápida. A câmera detecta e aciona a polícia, então, é imediato. Além disso, temos a filmagem, que muitas vezes pode funcionar como prova. Dependendo dos casos também dá para evitar que a ação aconteça”, salientou.

origem: http://www.dgabc.com.br/Noticia/1939654/grande-abc-tem-473-cameras


Sirlei Madruga de Oliveira

Editora do Guia do CFTV

sirlei@guiadocftv.com.br
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