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Telefônica: dial-up não é o único “plano B” contra “apagões”

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O diretor Executivo do Segmento Empresas da Telefônica, Vladimir Barbieri, procurou a reportagem do portal Convergência Digital 
para esclarecer as declarações fornecidas por ele ao Comitê Gestor da
Internet do Brasil, em reunião realizada na última sexta-feira, 08/08,
para explicar o "apagão" na rede IP/MPLS, que deixou milhares de
paulistas sem acesso à Internet por mais de 36 horas nos dias 02 e 03
de julho.

Na ocasião, o executivo disse aos integrantes do CGI.br que entre as
opções de contingência, backup, ou "Plano B" da concessionária para,
eventualmente, enfrentar outro "apagão" na Internet, o acesso discado
seria a única ou a melhor solução para enfrentar o problema. Vladimir
Barbieri procurou o portal Convergência Digital por
entender que as suas declarações foram tiradas num contexto errado,
especialmente, com relação às possíveis alternativas que as empresas
teriam para enfrentar novos "apagões"- questão levantada por membros do
CGI.br.

O Convergência Digital, em nome das regras básicas
do Jornalismo, prontamente se colocou à disposição do executivo – cujo
nome em nenhum momento foi revelado pelo portal nas matérias anteriores
em função de a direção editorial acreditar que a preservação do nome do
funcionário da Telefônica era necessária e não impactava a informação
fornecida ao leitor – para que ele pudesse expor a sua posição.

Barbieri explicou que ao ser indagado pelos membros do CGI.br sobre
qual seria o "Plano B" da concessionária apenas citou alguns exemplos
de alternativas já disponíveis para os clientes corportivos na
companhia, como forma de resguardar e manter a sua Internet em
funcionamento no caso de uma nova degradação ou queda efetiva da rede
principal, ou seja: Há, sim, diversos modos e serviços de backup.

No caso do "acesso discado" (conexão dial-up) – enfatizado como uma
"alternativa segura"  para um eventual backup – Barbieri esclareceu que
apenas o citou como um exemplo. Isso porque este é um tema que já foi
conversado com uma instituição financeira, vítima dos efeitos negativos
do "apagão" na Internet, que durou 36 horas em julho, no Estado de São
Paulo. "É uma alternativa segura, assim como, o ADSL e o Frame Relay
também o são " disse Vladimir, ao citar outros exemplos de redes de
transmissões de dados ofertadas pela Telefônica e que podem vir a ser
usadas num serviço de backup.

O problema foi que Barbieri, na conversa com o Comitê Gestor, ao
citar a conexão dial-up como uma possibilidade para órgãos públicos e
privados terem uma alternativa diferenciada de rede de conexão com a
Internet, de tal forma que a população não ficasse prejudicada e sem
acesso aos serviços básicos, transpareceu – posição que desagradou
bastante aos integrantes do CGI.br – que a Telefônica cogitaria tão
somente o uso do acesso discado como forma de atendimento aos seus
 principais clientes corporativos. Essa opção foi considerada como um
retrocesso diante da evolução tecnológica.

Vladimir Barbieri enfatizou ao Convergência Digital
que apenas exemplificou alguns serviços alternativos que podem
ser adotados no caso de eventual falha na rede central de banda larga
Internet e falou do acesso discado. Ele destacou, no entanto, que tais
alternativas dependem do interesse do cliente em ter um serviço de
backup nas suas operações. Essa prática precisa ser definida nos
contratos fechados com as prestadoras do serviço.

Fato é que muitas instituições financeiras, corporações e empresas
públicas não utilizam essa prática contratual. Desta forma contratam um
único meio e, no caso de uma crise como a que aconteceu com a
Telefônica, ficam sem acesso ao serviço.  Por questões editoriais, o Convergência Digital, mesmo tendo
acesso aos nomes de empresas que não utilizam a prática de buscar uma
redundância para os seus contratos, prefere não divulgá-los.

A direção do Portal entende que este é um problema empresarial e
que, depois do ocorrido com a rede da Telefônica, em
especial, com relação às empresas públicas, o momento é o dos seus
gestores repensarem suas estratégias na área. A falta de
previsibilidade às crises por parte dos clientes, no entanto, não é
usada pela Telefônica para justificar a sua falha.

Barbieri reiterou ao Portal Convergência Digital
que a concessionária assume integral responsabilidade pelo "apagão",
ocasionado em função dos problemas técnicos enfrentados na rede
IP/MPLS, que aos poucos foi sendo paralisada pelos técnicos da
companhia para que se pudesse encontrar onde estava a causa. 

Identificou-se a falha num roteador localizado em Sorocaba, no
interior paulista. Foi constatada uma anomalia rara que pode voltar a
acontecer em qualquer prestadora de serviços de banda larga, fato que
provocou preocupação no CGI.br. Por fim, o diretor Executivo do
Segmento Empresas da Telefônica, Vladimir Barbieri, reafirmou que a
responsabilidade pela falha do roteador é da Telefônica.

Ele não revelou se irá ou não solicitar algum tipo de ressarcimento
do fornecedor, em função do prejuízo que a concessionária está
assumindo perante aos seus clientes – apenas no caso do Speedy, segundo
dados do balanço financeiro do segundo trimestre, o custo ficou em R$
24 milhões.

Origem: Convergência Digital


Marcelo Peres
Editor do Guia do CFTV

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