Foi lançada nesta semana a Estratégia para a Transformação Digital (E-Digital), um programa que propõe diretrizes e ações para promover o uso de novas tecnologias da informação e da comunicação (TICs) em diversos setores econômicos.
Essa preocupação vem permeando a agenda de diversos organismos internacionais, como o Fórum Econômico Mundial, o G20 (grupo das maiores economias do mundo) e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
O objetivo geral da estratégia é “aproveitar todo o potencial das tecnologias digitais para alcançar o aumento da produtividade, da competitividade e dos níveis de renda e emprego por todo o país, visando à construção de uma sociedade livre, justa e próspera para todos”.
A estratégia tem como desafio central a alteração da lógica de atividades econômicas para uma nova visão baseada em dados e calcada em tecnologias digitais. A produtividade e o desempenho econômico estariam assentados, assim, na capacidade de coletar, processar e extrair valor a partir do cruzamento dessas informações. Isso é facilitado pela intensificação da atividade de usuários no ambiente online, com publicações e interações cada vez maiores e mais ágeis.
O caminho rumo a esse novo modelo passaria, segundo o governo, pela atração de centros de dados (data centers) para o Brasil, aprimoramento da política de dados abertos do governo, fomento do uso de computação em nuvem na administração pública e pela cooperação entre entes públicos e privados para apoiar a adoção de tecnologias de coleta e processamento de megadados (Big Data) e de inteligência artificial no país.
Para gerar essas transformações, o documento elenca algumas tarefas necessárias em diversos campos. Uma delas é ampliar o acesso a serviços de telecomunicações, como a internet. Mas há obstáculos a isso, como o custo do serviço frente a um alto contingente grande de pessoas sem renda suficiente para contratá-lo. Atualmente, somente 40% dos domicílios são atendidos por banda larga fixa, por exemplo.
Isso faz com que sejam necessárias políticas públicas para assegurar a universalização da disponibilidade de infraestrutura e da conexão à web, como o uso das obrigações dos contratos de concessão e nas licitações de radiofrequência para instituir metas de investimento na expansão das redes.
Origem: http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=programa-propoe-ideias-transformacao-digital-economia&id=010175180325
Marcelo Peres
mpperes@guiadocftv.com.br
GuiadoCFTV
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