Disco rígido feito com grafeno armazena dez vezes mais dados

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Pesquisadores da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, descobriram um novo uso para o grafeno: revestir os “pratos” que armazenam os dados em discos rígidos, aumentando sua capacidade de armazenamento em dez vezes, se comparado aos HDs com tecnologia atual.

Os anos se passaram e os dispositivos passaram a ser cada vez menores e mais densos. De 5 ou 10 MB no início da década de 80, discos modernos chegam a armazenar até 18 Terabytes.

Os HDs são dispositivos eletromecânicos compostos por pratos, que armazenam os dados, e uma ou mais cabeças responsáveis por sua leitura ou gravação. Os pratos são protegidos por um revestimento à base de carbono (COC – Carbon Based Overcoat) para protegê-los de danos mecânicos e corrosão.

Reduzir a distância entre as cabeças e a superfície do disco é uma das formas de aumentar sua capacidade sem aumentar seu tamanho físico, e diminuir a espessura dessa camada protetora é uma das formas de conseguir isto.

Foi o que os pesquisadores fizeram usando o grafeno. Eles substituíram as camadas de carbono comerciais por quatro camadas de grafeno e testaram atrito, desgaste, corrosão, estabilidade térmica e a compatibilidade do lubrificante.

Apesar de muito mais fino que o material anterior, o grafeno ainda cumpre os requisitos necessários para a tarefa. O nanomaterial protege contra corrosão (2,5 vezes menor), tem baixo atrito (duas vezes menos), alta resistência ao desgaste, dureza, é compatível com os lubrificantes atuais e tem superfície suave.

Os pesquisadores ainda transferiram o grafeno para discos rígidos com uma camada magnética feita de ferro-platina e testaram uma técnica chamada Gravação Magnética Assistida por Calor (HAMR), que permite o aumento na densidade dos dados aquecendo o “prato” a altas temperaturas. Os COCs usados nos dispositivos atuais não funcionam nestas temperaturas, mas o grafeno sim.

Com o nanomaterial, é possível ter uma densidade de dados superior a 10 terabytes por polegada quadrada, 10 vezes a capacidade atual. “Isso impulsionará ainda mais o desenvolvimento de novas unidades de disco rígido de alta densidade de área”, disse Anna Ott, coautora do estudo e integrante do Cambridge Graphene Center.

Além dos cientistas do Cambridge Graphene Center, participaram do estudo equipes da Universidade de Exeter, também no Reino Unido, Índia, Suíça, Singapura e Estados Unidos. A pesquisa foi publicada em artigo na revista científica Nature Communications.

origem: https://olhardigital.com.br/2021/06/07/reviews/disco-rigido-feito-com-grafeno-armazena-dez-vezes-mais-dados/Link Origem

Sirlei Madruga de Oliveira

Editora do Guia do CFTV

 sirlei@guiadocftv.com.br

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