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Componente biológico chega para impulsionar processadores que imitam o cérebro

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Componente biológico chega para impulsionar processadores que imitam o cérebro

Computadores neuromórficos

Quando os componentes eletrônicos dotados de memória – os memoristores – surgiram, pouco mais de 10 anos atrás, emergiu todo um novo ramo da computação, conhecido agora como computação neuromórfica.

Tornou-se possível construir processadores que imitam o funcionamento do cérebro porque, ao terem memória, os memoristores funcionam como sinapses artificiais.

Mas esses componentes são feitos de nanofios metálicos ou semicondutores, e a ideia de construir um processador neuromórfico de base biológica permanecia um sonho que muitos acreditavam estar a décadas de se mostrar factível.

Tianda Fu e seus colegas da Universidade de Massachusetts, contudo, acabam de demonstrar que memoristores que realmente funcionem como as sinapses biológicas estão não apenas ao alcance da tecnologia atual, como também que esses componentes bioinspirados são extremamente eficientes.

E eles conseguiram construir memoristores robustos e de alta eficiência usando os nanofios biológicos – tudo funciona com tensões na faixa de 40-100 mV.

“É a primeira vez que um componente consegue funcionar no mesmo nível de tensão do cérebro. As pessoas provavelmente nem se atreveram a esperar que pudéssemos criar um dispositivo que fosse tão eficiente em termos de energia quanto as equivalentes biológicas em um cérebro, mas agora temos evidências realistas de capacidade computacional com potência ultrabaixa. É um conceito que rompe com o passado, e acreditamos que ele será largamente explorado em eletrônicos que funcionem no regime da voltagem biológica,” disse o professor Jun Yao, cuja equipe demonstrou recentemente o uso dos nanofios biológicos para capturar eletricidade diretamente do ar.

A equipe destaca que os nanofios de proteínas eletricamente condutoras da Geobacter oferecem muitas vantagens em relação aos nanofios de silício, que exigem produtos químicos tóxicos e processos de alta energia para serem produzidos. E os nanofios de proteínas também são mais estáveis em água ou em fluidos corporais, uma característica importante para aplicações biomédicas.

origem: Inovação Tecnológica

 Sirlei Madruga de Oliveira

 Editora do Guia do CFTV

 sirlei@guiadocftv.com.br

 


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