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Órgãos públicos investem menos em segurança privada

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Redução dos valores limites para a contratação de serviços de vigilância pelo poder público prejudicam o setor. Categoria defende que os novos valores não acompanham a realidade atual do segmento e deixam os empresários em uma situação difícil quanto ao reajuste salarial dos vigilantes.

Brasília – Os empresários do setor de segurança privada do Distrito Federal estão temerosos quanto ao reajuste salarial a ser concedido aos vigilantes este ano. Isso porque o governo reduziu os valores limites para a contratação desse tipo de serviço.

De acordo com informações do Sindicato das Empresas de Segurança Privada, Sistemas de Segurança Eletrônica, Cursos de Formação e Transportes de Valores no DF (Sindesp/DF), o poder público é um dos maiores contratantes de empresas que atuam nesse setor, o que prejudica o mercado como um todo, pois com a diminuição dos preços fica difícil acompanhar o aumento dos gastos com pessoal e logística observado nos últimos anos pelos empresários.

Segundo Irenaldo Pereira Lima, diretor Sindesp//DF, a entidade, com o apoio da Fenavist, tem lutado para que a tabela de preços do governo esteja de acordo a realidade atual das empresas, o que não vem acontecendo nos últimos anos. “Como o maior contratante dos serviços de segurança é o setor público, a redução dos preços causa um prejuízo sem precedentes para os empresários que atuam no segmento”, completa.

O reajuste dos valores máximos que devem ser pagos pelo poder público, a cada ano, são estipulados pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG). Em dezembro de 2007, foi publicada a Portaria nº 6, que reduziu os valores limites para a contratação de serviços de vigilância patrimonial.

Lima completa dizendo que os reajustes dos contratos devem se ajustar à realidade. Caso contrário, diversas empresas estão fadadas à falência, o que enfraquece o setor e, em conseqüência, a economia. “Principalmente os encargos sociais precisam ser levados em conta na hora de reavaliar os valores a serem pagos pela administração pública. A redução do reajuste prejudica todo o segmento. O poder público precisa rever a sua posição, pois, essa medida retarda o crescimento de um importante segmento da economia brasileira”, conclui.

Origem: Revista Fator

Marcelo Peres
Editor do Guia do CFTV

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