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Visão através da pele: esoterismo ou revolução na captura de imagens?

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O Prof. Leonid Yaroslavsky, da Universidade de Tel Aviv, Israel,
acredita que os humanos têm uma capacidade para "ver" cores e formas
por meio da pele. E que essa capacidade inata pode ser explorada para
criar novos tipos de câmeras e telescópios espaciais e terrestres com
capacidade muito além do que a tecnologia atual permite.

Imagens não-ópticas

Esse modelo de imageamento não-óptico foi apresentado na forma de um
capítulo de um novo livro – Avanços em Óptica da Informação e Fotônica
– e poderá levar a uma nova tecnologia de imagens não-ópticas que
supera as câmeras atuais baseadas em lentes.

Seu modelo também pode explicar como esse controverso instinto
primordial – a capacidade de percepção visual através da pele – que é
observável em algumas plantas e animais, pode ter evoluído ao longo de
milhões de anos.

Visão extra-ocular para cegos

"Algumas pessoas têm argumentado que possuem uma capacidade para ver
com sua pele," diz o Prof. Yaroslavsky. Embora os biólogos normalmente
neguem essa possibilidade, há provavelmente uma explicação científica
razoável para a "visão da pele." Uma vez compreendida, acredita ele, a
visão da pele poderá levar a novas terapias para ajudar as pessoas
cegas a recuperar a visão e até mesmo a ler.

A visão pela pele não é incomum na natureza. As plantas orientam a
si mesmas para a luz, e alguns animais – como serpentes que utilizam a
visão infravermelha, e répteis, que possuem sensores na pele – podem
"ver" sem o uso dos olhos.

A visão pela pele em humanos é provavelmente uma capacidade natural
inata envolvendo células sensíveis à luz em nossa pele conectadas com
os neuromecanismos no corpo e no cérebro, explica o Prof. Yaroslavsky.

Sensores de radiação e motores de naves espaciais

Engenheiro e cientista, o Prof. Yaroslavsky trabalha no
desenvolvimento de equipamentos mais avançados de captura de imagens,
nos quais a óptica é substituída por computadores.

Ele está atualmente desenvolvendo teorias de simulação de captura de
imagens utilizando programas de computador, teorias estas que poderão
no futuro levar a equipamentos com aplicações práticas. Esses
equipamentos, afirma ele, poderão ter significativas vantagens sobre as
câmeras convencionais à base de lentes.

As aplicações poderão incluir sensores especiais para detectar a
radiação, novos dispositivos de visão noturna e novos mecanismos de
captura de imagens em telescópios, que devem observar os céus em
comprimentos de onda muito além daqueles que os olhos humanos conseguem
enxergar..

Câmeras biônicas para telescópios espaciais

As lentes das câmeras tradicionais funcionam somente em uma faixa
limitada da radiação eletromagnética. Elas são muito caras e limitadas
pelo seu peso e campo de visão.

Sem necessitar de lentes, dispositivos de captura de imagens sem
óptica poderão ser adaptados para qualquer tipo de radiação
eletromagnética, de qualquer comprimento de onda, diz o pesquisador.

Hoje, diversos tipos de sensores já são utilizados em telescópios
espaciais para capturar faixas do espectro eletromagnético que nossos
olhos não conseguem enxergar. As câmeras baseadas no princípio da
captura de imagens sem óptica fariam isso naturalmente e de forma mais
eficiente do que esses sensores.

Visão "biônica"

Essas câmeras sem lentes poderão essencialmente funcionar com um
ângulo de visão "biônico" de 360 graus e sua capacidade de captura de
imagens será determinada pela capacidade do computador, em vez de o ser
pelas leis da difração da luz. Isso significa equipamentos muito
menores, mais leves e mais fáceis de se fabricar.

Antes que as aplicações práticas possam ser desenvolvidas, no
entanto, o Prof. Yaroslavsky espera convencer os biólogos a darem um
crédito de fé e mergulharem fundo nos mecanismos da visão sem óptica.
Essas pesquisas poderão levar a pesquisa na área de captura de imagens
a um novo patamar, acredita ele.

 

Origem: www.inovacaotecnologica.com.br


Marcelo Peres
Editor do Guia do CFTV

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