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AURESIDE traz mais uma Pesquisa Americana, sobre IoT

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Por mais distante que estejamos do comportamento do povo americano, principalmente quando falamos de Internet das Coisas ou Automação Residencial, é sempre interessante lermos os resultados de pesquisas feitas sobre estes assuntos.

Recentemente a PwC (PricewaterhouseCoopers) publicou um relatório sobre uma pesquisa que eles encomendaram a respeito da percepção do americano sobre as Casas Inteligentes. A pesquisa foi feita com 1000 moradores dos USA com idade entre 18 e 64 anos, durante o mês de outubro de 2016.

 
A pesquisa buscava respostas para as seguintes perguntas:
O interessante desta pesquisa é ter trazido respostas mais claras e voltadas a entendermos o consumidor mais que o mercado. Abaixo apresento alguns dos resultados, aqueles que acho que mais se aproximam de uma realidade brasileira, presente ou futura. O relatório em si, publicado em inglês, é muito interessante e pode ser obtido neste link. Recomendo sua leitura completa (As imagens deste post foram retiradas deste relatório).
 
As principais descobertas desta pesquisa podem ser resumidas em:

Distribuição de Consumidores

Apenas 16% dos pesquisados do sexo masculino não possuem nem pretendem ter algum dispositivo inteligente na residência, enquanto que no sexo feminino esta fatia é de 30%.
 
Ao analisarmos a distribuição por faixa etária, vemos que a faixa de 35 a 49 anos de idade (as outras são 18 a 34 e 50 a 64) apresenta significativamente mais donos de dispositivos que as demais, mas também apresenta rejeição maior que a faixa de 18 a 34 anos de idade. Um resultado esperado é ver que a faixa de 50 a 64 é a que menos possui dispositivos inteligentes na residência e a que mais rejeita a tecnologia (39%). Mas esta mesma faixa etária mostra uma abertura a serem convencidos a entrarem na onda: 32% estão abertos a considerarem serem donos de dispositivos inteligentes no futuro.
 
Como seria o comportamento do mercado brasileiro? Vemos ou veremos uma diferença de respostas marcante entre os gêneros? Qual a faixa etária mais propensa no Brasil a buscar a casa inteligente no futuro próximo?

Motivações para os Donos de Dispositivos Inteligentes

Foi perguntado aos que já possuem algum dispositivo inteligente qual a maior motivação para a compra.  As respostas foram mais ou menos esperadas, incluindo, como já citei, maior segurança, maior controle e maior conforto.
 
Contudo, algumas me chamaram a atenção. 8% foram motivados pelo simples fato de que uma de suas empresas de tecnologias favoritas lançou um produto novo. 10% compraram os produtos apenas porque tinham curiosidade e o preço era bom.
 
A maioria dos homens procurava segurança; já a maioria das mulheres queria conforto. A faixa etária de 18 a 24 buscava maior produtividade no seu dia-a-dia, a faixa de 25 a 49 maior conforto e a faixa de 50+ compraram por curiosidade e pelo preço acessível.
 
Etnicamente, os afro-americanos e os hispânicos queriam melhorar o seu padrão de vida.

Desmotivadores

Entre os que não possuem nenhum dispositivo inteligente instalado na sua residência, os principais motivos foram preço (42%), segurança das informações (17%) e, interessantemente, 7% acham que acabariam não usando os dispositivos.
 
Em resumo, a não ser que o produto atenda a uma necessidade especifica, resolva um determinado problema ou minimize um grande transtorno, o consumidor não consegue justificar a compra.
 
Esta já não é a situação no Brasil?

Satisfação

Uma conclusão da pesquisa que me deixou surpreso, principalmente considerando outros relatórios que andei lendo é que a grande maioria dos que possuem algum dispositivo inteligente na residência estão muito ou bastante satisfeitos (74% e 24% respectivamente) com os dispositivos e de forma similar com os aplicativos (70% e 26%).

Fornecedores

Uma pergunta interessante é sobre de quem as pessoas comprariam um dispositivo inteligente. Aqui, o interesse era em mapear o tipo de fornecedor e não diretamente uma marca. Interessantemente, a distribuição ficou muito equilibrada. Os mais citados foram:
 
Ficaram em segundo plano, mas muito perto dos primeiros, alguns dos que eu consideraria como bons potenciais, como o fabricante de equipamentos eletrodomésticos e as lojas de revenda em geral.
 
Como o consumidor brasileiro reagiria ao ter dispositivos ofertados por estes tipos de empresa? Você compraria um sistema ou dispositivo do seu fornecedor de telefonia celular ou do seu provedor de internet?

O Dispositivo Perfeito

Quando perguntaram aos pesquisados o que eles colocariam nos seus dispositivos se pudessem projetá-los, as respostas foram:

Um Espelho do Consumidor

Quase no final, o relatório cria uma definição bastante interessantes de tipos de consumidor:
o   Sexo Masculino
o   Entre 30 e 49 anos de idade
o   Casado com filhos
o   Entusiasta de tecnologia
o   O primeiro entre seus amigos a comprar produtos tecnológicos
o   Acredita que gasta tempo demais cuidando da residência
o   Acredita que falta tempo durante o dia para fazer tudo que é preciso
 
o   Sexo masculino
o   Entre 18 e 29 anos
o   Acha importante ter a mais nova tecnologia mas se preocupa com o “trabalho” de ter a tecnologia
o   Acha importante pesquisar antes de comprar produtos tecnológicos
o   Acredita que gasta tempo demais cuidando da residência
o   Coloca o preço como a maior barreira, mas estaria mais apto a gastar se o pagamento fosse parcelado
o   Um grande motivador para compra seria uma única plataforma para controlar todos os dispositivos
o   Sexo feminino
o   Entre 50 e 64 anos
o   A tecnologia é um mal necessário, ao qual se entrega ocasionalmente
o   Coloca o preço como a maior barreira, pagamento parcelado não muda a percepção
o   Está motivado a comprar se o preço fosse mais em conta e se ajudar a economizar nas contas
o   Quer que a instalação e configuração seja feita pelo provedor ou fabricante
o   Sexo feminino
o   Entre 50 e 64 anos
o   Sem filhos em casa
o   Em geral, não valoriza a tecnologia
o   Espera por alguns anos antes de aderir a alguma nova tecnologia
o   O tempo gasto cuidando da residência não é importante
o   Coloca o preço como a maior barreira, pagamento parcelado não muda a percepção
 

Conclusão

O relatório é muito interessante e traz muitas informações novas ou redesenhadas. Se seus resultados não se aplicam ao Brasil, seria interessante analisarmos dois pontos:

o Brasil tem a tendência a seguir este tipo de mercado, de dispositivos inteligentes tratados de forma isolada ou continuaremos querendo sistemas completos, como hoje é o mercado de automação residencial?

origem: http://www.netseg.com.br/not.php?id=7163

Sirlei Madruga de Oliveira
Editora do Guia do CFTV
sirlei@guiadocftv.com.br

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