6 mitos sobre as criptomoedas para você deixar de acreditar

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O universo das criptomoedas é relativamente novo no mercado financeiro. O bitcoin, por exemplo, a moeda digital mais conhecida atualmente, nasceu em 2008 e só foi se tornar realmente popular alguns anos depois, valorizando-se ao longo do tempo e chamando definitivamente a atenção do mundo todo para o assunto. E essa é apenas uma criptomoeda que existe dentre muitas outras, que são tão populares e estão sendo valorizadas tanto quanto o bitcoin.

Por isso, listamos seis mitos sobre as criptomoedas que você precisa entender. Esse conhecimento é especialmente útil caso você queira investir nesses ativos digitais que estão em alta no momento.

1 — Criptomoedas não funcionam como dinheiro real

O Fundo Monetário Internacional (FMI) define o conceito de dinheiro como algo valioso que pode ser armazenado, uma unidade de conta ou um meio de troca que seja largamente aceito e que possa ser traduzido em valores. Com base nisso, podemos dizer que o bitcoin, o ethereum e outras criptomoedas atendem o requisito do que é dinheiro, para assim serem consideradas.

Entretanto, é importante entender de qual criptomoeda estamos falando e se há um lastro associado a ela. O lastro é algo físico e palpável que garante o valor de um determinado bem. Até os anos 1970, cada dólar emitido tinha um lastro em ouro que representava aquele montante. Hoje, isso não existe mais para o dinheiro, mas o conceito permanece.

2 — Criptomoedas são uma bolha financeira

Uma bolha financeira é definida como uma inflação nos preços de um ativo que não se sustenta naquele determinado valor. Em 2008, o mercado imobiliário dos Estados Unidos experimentou esse fenômeno quando casas simples do subúrbio estavam valendo tanto quanto mansões. Como o mercado se viu inundado por casas à venda e nenhum comprador, houve, na sequência, uma desvalorização rápida dos imóveis, o que deu origem à crise financeira de 2008.

Embora as criptomoedas possam se valorizar muito acima do que realmente valem e, em seguida, passar a não valer mais nada, o funcionamento de algumas delas é semelhante ao de metais preciosos. Esses ativos representam uma forma totalmente diferente de armazenar valores e provavelmente não se tornarão imprestáveis mesmo que desvalorizem muito ou até sejam substituídos por um ativo fundamentalmente superior.

Além disso, o preço das moedas é regulado pelo próprio mercado, o que ajuda a evitar esse tipo de problema acontecer — embora seja possível.

3 — Criptomoedas não podem ser rastreadas

A ideia de uma criptomoeda é descentralizar o sistema financeiro de grandes bancos e instituições que controlam o dinheiro. O objetivo não é criar um meio para realizar transações ilícitas e cometer crimes por meio de ativos digitais, mas permitir que toda a rede seja e se mantenha segura para trocar valores por produtos e serviços.

O conceito de blockchain demonstra como as transações com criptomoedas podem ser rastreadas. Cada bloco de operação em uma moeda digital contém as informações do bloco anterior e assim sucessivamente. Dessa forma, garante-se que o dado contido em cada bloco é real, bastando apenas conferir com o bloco que lhe deu origem.

4 — Criptomoedas podem desaparecer a qualquer momento

Ao contrário do que muitos pensam, as moedas digitais não representam necessariamente uma armadilha, fraude ou um golpe para enganar as pessoas. Como já foi dito, as criptomoedas podem ter um valor real, assim como o dólar e o euro, moedas que também não são mais lastreadas com algum ativo físico.

A existência e a validade de algumas criptomoedas são tão reais que muitos bancos e grandes empresas de investimento têm carteiras gigantescas com moedas digitais armazenadas. Essas instituições entenderam o valor desse “ouro digital” e estão guardando grandes quantidades por saberem que isso valerá a pena.

5 — Criptomoedas podem ser banidas completamente por governos

É verdade que alguns países já tentaram impedir e proibir o comércio de criptomoedas. Entretanto, essas foram tentativas que não conseguiram atacar o princípio por trás desses ativos digitais, que é estar totalmente independente de governos ou outras instituições controladoras.

Afinal, as criptomoedas foram criadas para não serem dependentes de um sistema central, como um banco, para operarem. Os governos podem até proibir empresas públicas e outras instituições estatais de negociarem essas moedas digitais, mas isso não vai impedir a negociação entre pessoas (peer to peer, ou P2P, como é chamada) e entre organizações privadas. Esse tipo de proibição, inclusive, pode resultar em uma valorização do ativo.

6 — Criptomoedas só são usadas para cometer crimes

É verdade que as criptomoedas podem ser utilizadas de forma anônima, e criminosos exigirem valores nessas moedas como resgate. Porém, como foi explicado, as transações podem ser rastreadas, o que desencoraja as atividades ilícitas desse modo.

Como resultado, uma pesquisa recente indicou que apenas 0,15% das operações com bitcoin em 2021 estavam associadas a atividades criminosas. Em 2020, esse percentual era de 0,62%, e o maior índice foi em 2019, quando chegou a 3,37%. Esse é um número muito baixo, mostrando que as criptomoedas podem ser usadas para muito mais atividades em vez de cometer crimes.

Portanto, a questão não é o fato de as criptomoedas facilitarem o crime — o que também não é verdade. O problema é que os criminosos sempre vão tentar explorar qualquer recurso disponível para tirar proveito das pessoas.

origem: 6 mitos sobre as criptomoedas para você deixar de acreditar – TecMundo

Sirlei Madruga de Oliveira

Editora do Guia do CFTV

 sirlei@guiadocftv.com.br

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Sirlei Madruga

Sirlei Maria Guia do CFTV

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