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Biometria facial ajuda na entrada em estádios e até a prender foragidos

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A polícia de São Paulo prendeu na última quarta-feira (24) um homem acusado de transportar cocaína em um avião pela região de Mato Grosso. Ele estava foragido desde março de 2020, mas foi identificado por um sistema tecnológico implementado em um estádio de futebol.

O reconhecimento facial de torcedores que vão às arenas ver o time do coração tem um funcionamento simples. Entretanto, ele deve se tornar comum na vida de quem frequenta estádios.

Esse recurso não é só cômodo para o torcedor, que acessa o ambiente em segundos sem apresentar qualquer documento. Ele serve até para segurança, ajudando autoridades a encontrar suspeitos.

Como funciona a biometria facial nos estádios

Arenas esportivas que utilizam esse tipo de tecnologia substituem o bilhete de papel ou até a leitura de um QR Code por outro processo.

A torcida que comprou antecipadamente o ingresso e está cadastrada no sistema do clube previamente só precisa passar por uma catraca na entrada.

No visor, basta posicionar o rosto em um visor por uma fração de segundo e aguardar a resposta do sistema. Caso a imagem cadastrada por quem adquiriu o ingresso bata com a face lida pelo sensor, o acesso é liberado.

Esse sistema impede, por exemplo, que outras pessoas entrem no estádio usando o seu ingresso e reduz a ação de cambistas. Além disso, o método acelera a entrada do público.

A entrada é totalmente automática e não exige apresentação de documentos na hora.Fonte:  Bepass 

Clubes como Palmeiras, Athletico, Atlético-MG, Sport e Vasco já usam ou testam essa tecnologia. Outras equipes das Séries A e B do Campeonato Brasileiro seguem a tendência.

Reconhecimento facial a serviço da segurança

A biometria facial tem também uma função adicional nos estádios. Em serviços como o do Palmeiras, feito pela empresa Bepass, a plataforma é conectada a uma base de dados do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

O Face ID já é bastante usado para desbloquear a tela do celular, por exemplo.Fonte:  GettyImages 

Cada vez que um ingresso é comprado e vinculado a um cadastro, o serviço cruza dados com órgãos públicos. A plataforma identifica se o torcedor tem mandados de prisão ou boletins de ocorrência em aberto e está com o CPF ativo, por exemplo.

De acordo com o Globo Esporte, só no Allianz Parque, estádio do Palmeiras, já foram identificadas 48 pessoas com pendências na Justiça. Destas, 39 foram presas no serviço de entrada.

Com essa tecnologia sendo implementada em cada vez mais ambientes, entretanto, os debates sobre os seus riscos também surgem. A biometria facial pode levar a falsos positivos e são dados extremamente sigilosos que podem ser vazados ou roubados, por exemplo.

Ainda assim, os benefícios são muitos e a tendência é que o serviço se popularize com rapidez nos estádios. A Lei Geral do Esporte passará a obrigar estádios com capacidade para mais de 20 mil pessoas a adotar essa tecnologia a partir de 2025, o que significa que o seu time do coração em breve pode aderir ao recurso.

 

 

 

 

 

João Marcelo de Assis Peres

joao.marcelo@guiadocftv.com.br

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