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Sueca Axis amplia operações no Brasil para organizar negócios na área de segurança na América do Sul

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SÃO PAULO – A Axis, fabricante sueca de câmeras de vídeo de segurança
por IP, anunciou hoje que vai ampliar significativamente suas operações
no Brasil. A empresa decidiu desmembrar a América do Sul de sua
operação européia e investir diretamente na região, dado o forte
potencial de crescimento que identificou nos mercados locais,
especialmente o brasileiro.

Queremos fazer crescer os negócios da região a partir do Brasil. Já abrimos posições para cinco profissionais de vendas e até o fim do ano devemos ter uma equipe de 10 pessoas no país para atender o mercado local e os países vizinhos, afirma a vice-presidente mundial de Vendas da empresa, Bodil Sonesson.

Entre as estratégias da companhia para a região está também a de fechar parcerias com desenvolvedoras de software locais. Atualmente, quatro empresas brasileiras já fornecem programas para a Axis. No total, em todo o mundo, são mais de 500 parceiras nessa área.

De acordo com a gerente geral de Vendas para a América do Sul da empresa, Alessandra Faria, porém, a intenção é ampliar esse número. Nossa avaliação é que a região tem potencial para ter até 12 parceiros de desenvolvimento de software já neste ano, diz Alessandra, que está na empresa há um ano e agora se torna a principal executiva para a América do Sul.

Embora não divulgue os números específicos da operação no Brasil ou na região, Sonesson afirma que o país responde atualmente por cerca da metade dos negócios da América do Sul. Além disso, o potencial de crescimento, avalia, é superior àquele verificado na Ásia, uma vez que a adoção de sistemas de vídeo de segurança por rede no Brasil é ainda mais limitado que nos países orientais.

O mercado de segurança como um todo no país, diz Alessandra, deve ganhar ímpeto nos próximos anos. Enquanto ele girou cerca de US$ 67,4 milhões em 2006, deve fechar este ano com vendas de US$ 105,3 milhões, podendo chegar a US$ 221,8 milhões em 2012. Segundo Sonesson, a taxa de crescimento de adoção de câmeras de segurança por IP é ainda mais acelerada, de 40% ao ano, e a Axis tem planos de expandir suas operações acima dessa média.

De acordo com Alessandra, o desafio no Brasil – fato que é relativamente comum a todos os mercados – é quebrar o conservadorismo das áreas de segurança de empresas e governos para promover a tecnologia de vídeo de segurança digital em rede. Nosso papel será, também, o de educar o mercado sobre as possibilidades que essa tecnologia abre para os agentes de segurança, afirma Alessandra. Segundo a executiva, a Axis espera que tanto no mundo como no Brasil, o boom de adoção da tecnologia ocorra entre este ano e 2010.

No mercado brasileiro, a Axis vê oportunidades em três segmentos em especial, sendo o de governo o mais proeminente. Segundo a companhia, todo e qualquer projeto de segurança institucional do governo hoje já incorpora sistemas de vídeo de segurança por IP, em vez de sistemas analógicos. Outra vertente a ser explorada é a de segurança patrimonial, com prédios e condomínios. Além disso, há também o segmento de varejo que, para Alessandra, traz enorme potencial de negócios.

Mesmo a diferença de preços não deve ser um empecilho para o desenvolvimento das vendas, uma vez que a companhia consiga convencer o mercado das vantagens do sistema digital e suas funcionalidades adicionais (como contagem automática de pessoas, maior resolução e avaliação de risco). Segundo Alessandra, para contratos maiores, a diferença de preço fica praticamente diluída por conta desses adicionais. No caso de acordos menores, embora o preço possa ser até 25% superior àquele para adoção de um sistema analógico, as funções mais avançadas farão a diferença na hora da aquisição.

No primeiro momento, as câmeras da Axis vendidas no país continuarão a ser importadas. Segundo Alessandra, porém, há planos agressivos para o médio prazo para a fabricação local.

Já as vendas devem continuar a ser por meio de canais de distribuição, como já vem sendo feito desde o início do comércio das câmeras da Axis no Brasil, há oito anos. Hoje com três distribuidores no país, a intenção no momento é mantê-los. Um novo parceiro só será incorporado para a abertura de novos mercados. Cobrimos relativamente bem o mercado brasileiro e não queremos que um novo parceiro canibalize os atuais, mas que abra novas áreas de negócio, diz a executiva brasileira. 

Origem: O Globo


Marcelo Peres
Editor do Guia do CFTV

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