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O crescente investimento do setor público em videomonitoramento e a consolidação do conceito de Smart Cities – que aposta em soluções inteligentes para resolver problemas cotidianos dos municípios – aumentou a busca pelo setor de Segurança Eletrônica. O novo cenário exige a atualização constante sobre novas tecnologias e o debate sobre a sustentabilidade do ecossistema de inovação nacional.

Por isso, um dos momentos mais aguardados do evento foi a apresentação da plataforma de inovação brasileira, Terra2 Inova, e o centro de competência para tecnologias habilitadoras de Internet das Coisas (IoT), apresentados por Selma Migliori e Gabriel Marão, presidentes da ABESE e do Fórum Brasileiro de IoT, respectivamente.

O programa é resultado do engajamento entre diversas entidades junto ao Ministério da Tecnologia (MCTIC), Governo do Estado, entre outros. A apresentação contou com uma discussão sobre iniciativas públicas que visam incentivar e consolidar estratégias de inovação na sociedade.

O Coordenador de Inovação Tecnológica e IoT do MCTIC, Guilherme Corrêa, esteve presente para elucidar o Plano Nacional de IoT e seus impactos na inovação brasileira. “O Plano Nacional de IoT é hoje uma das políticas prioritárias do Ministério da Tecnologia, inclusive em termos da Presidência da República. A Internet das Coisas (IoT) é uma das várias tecnologias de transformação digital, com expectativas de investimento da ordem de 155 bilhões de 2019 a 2022”. Guilherme ressaltou que o plano é apoiar plataformas de inovação em IoT, reunindo empreendedores, investidores, universidades, poder público e outros players, e eu o Programa Terra2 Inova, integrado por Robson Arantes, que também é o coordenador do COMITÊ DE IOT DA ABESE, pode ser a primeira Plataforma apoiada pelo Ministério.

Ana Paula Bruno, Coordenadora-Geral de Apoio à Gestão Regional e Urbana (MDR), e Marcos Vinicius de Souza, subsecretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de São Paulo, também integraram o painel para compartilhar outras iniciativas relacionadas a Internet das Coisas, Inteligência Artificial e Big Data, materializadas na forma de parcerias que buscam agregar valor para a iniciativa privada, em projetos que ABESE foi convidada a participar para promover a ponte com seus associados.

Tecnologias de inovação na Segurança 4.0

Ainda sobre inovação, o Congresso ABESE trouxe um painel sobre o impacto das novas tecnologias no cenário da segurança 4.0. O Presidente do Centro Interdisciplinar de Tecnologias Interativas da Universidade de São Paulo (CITI-USP), Marcelo Zuffo, apresentou os trabalhos do CITI USP e projeto piloto junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com a parceria da ABESE.

“O plano nacional de internet das coisas é um projeto nacional e isso mostra o quão importante é. Nós do CITI-USP fabricamos coisas porque a inovação, a evolução tecnológica, passa necessariamente pela democratização da mesma. É uma exigência da revolução 4.0. Em parceria com a ABESE, a partir do ano que vem atuaremos no case piloto do BNDES. O projeto visa criar uma rede de sensoriamento móvel para a melhoria da efetividade dos serviços de emergência e vigilância urbana, utilizando a inteligência artificial (AI) para identificação de ocorrências”, explicou Zuffo.

Community Manager da IA Brasil, Thaissa Bueno Sanches, tratou da importância dos dados. “Não existe inteligência artificial sem dados. Por isso, a primeira etapa é obter os dados para que assim possam ser analisados. A partir deste processo e dos testes de validação da solução é que podemos descobrir insights e o valor que você poderá gerar no seu negócio”, disse.

Com o crescimento dos dados, é preciso cuidar da segurança. Lucimara Desiderá, Analista de segurança do CERT.br/NIC.br – Cyber Security, reforçou que a IoT exige cuidados. “As câmeras que eram para ser a segurança da casa podem se tornar um risco caso a cibersegurança não seja levada em conta. A tecnologia é maravilhosa, mas exige cuidados porque existem pontos vulneráveis causados pela negligência sobre a segurança durante o desenvolvimento destes dispositivos. É preciso que a indústria pense segurança desde a concepção do produto e em todos os processos. Se não for assim desde o início, a negligência custará mais caro no final”, alertou.

Representante do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento (CPQD), Emilio Nakamura tratou sobre o crescimento do Blockchain. “Um dos mecanismos importantes da revolução 4.0 é o blockchain, que permite as moedas digitais. Neste momento de transformação, o blockchain é a tecnologia que pode revolucionar os negócios. Para a Segurança Eletrônica, teremos dispositivos mais potentes, com conectividade, mais inteligência e autonomia. Assim, podemos aproveitar a evolução tecnológica para evoluir na questão da privacidade. O blockchain possibilita o processamento descentralizado e o CPQD está discutindo com a ABESE e com a Terra2 Inova como abordar a padronização e a governança do blockchains na Segurança Eletrônica pensando na evolução do setor como um todo”.

Pedro Silveira, Gerente de Marketing para Virtualização da Vivo Empresas contribuiu com o painel compartilhando visão sobre a importância da privacidade de dados e da segurança cibernética no dia-a-dia da companhia. “É um desafio muito grande manter a Rede 4G em pé, garantindo que está segura e que os dados de todos os nossos clientes estejam seguros”.

O painel contou com a moderação de Maurício Casotti, gerente de desenvolvimento de negócios e cidades inteligentes, que moderou também o painel anterior.

origem: ABESE

 


Sirlei Madruga de Oliveira

 

Editora do Guia do CFTV

 

 

 

 

sirlei@guiadocftv.com.br
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Sirlei Maria Guia do CFTV

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