Projeto de vigilância pretende ‘blindar’ o bairro de Botafogo

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RIO
– A região que mais registra roubos na Zona Sul – que é ainda a
terceira com maior número de furtos na capital, segundo o Instituto de
Segurança Pública (ISP) – poderá ser monitorada 24 horas por dia com
câmeras ultra-modernas, capazes de fazer reconhecimento facial de
foragidos da Justiça e até identificar carros roubados. 

Pelo menos é o
que pretendem os empresários de Botafogo que, segundo a Associação
Comercial e Empresarial (Asceb), estão dispostos a investir em torno de
R$ 1,2 milhão em pelo menos 36 câmeras a serem instaladas nas ruas do
bairro. Mesmo exigindo custos mínimos do Estado, o projeto está há
quatro meses dependendo apenas do aval da Secretaria de Segurança
Pública para ser implementado.

– A idéia é tornar Botafogo um
bairro de excelência em segurança – explicou o presidente da Asceb,
Marcelo Ferreira. – O Estado sempre argumenta dificuldades financeiras,
e a iniciativa privada está disposta a ajudar. Temos a tecnologia, o
financiamento… basta querer.

O projeto De olho nas ruas,
proposto pela Asceb, planeja instalar 16 câmeras centrais e outras 20
adjuntas nas ruas do bairro. Através do software Evidence, as chamadas
câmeras inteligentes são capazes de identificar invasões de áreas
restritas, ler placas de carros, reconhecer foragidos da Justiça,
suspeitar de objetos abandonados e identificar conflitos. Até mesmo se
um homem estiver muito tempo à toa em uma agência bancária, por exemplo
– como acontece no crime de saidinha de banco – o alerta é dado: na
tela, o homem é marcado e um sinal sonoro é emitido.

O projeto
prevê a instalação de uma central de monitoramento no bairro, que irá
retransmitir as imagens para a Secretaria de Segurança e até para o
Ministério Público. Ao projeto poderão ser incluídas mais câmeras, de
acordo com a demanda dos comerciantes da região. Os funcionários da
central de monitoramento seriam policiais da reserva e deficientes
físicos.

A Asceb espera fazer um convênio com a Secretaria de
Segurança nos moldes da privatização do 190. Ao Estado caberia apenas
arcar com custos de retransmissão de imagem, através de subsídios junto
à Embratel. O projeto foi enviado em março à secretaria, que por sua
vez remeteu à análise da Polícia Militar. Até hoje não houve resposta.

Câmeras do Pan estocadas

O
bairro tem só três câmeras – das 220 existentes na cidade – ligadas ao
2º BPM (Botafogo). Outras 300 – herança dos Jogos Pan–Americanos –
estão estocadas por falta de compatibilidade com a tecnologia adotada
pelo Centro de Comando e Controle da secretaria. O secretário José
Mariano Beltrame prometeu instalá-las até 20 de julho, mas o prazo
mudou para até dezembro.

Em agosto de 2007, o subsecretário de
Planejamento Operacional, Roberto Sá, exaltava que as câmeras do Pan
ajudariam a diminuir o roubo de veículos, que sempre é seguido de
outros delitos como distribuição de drogas, desova de cadáveres e
invasões de favelas. Atualmente, só a Polícia Rodoviária Federal tem
câmeras capazes de ler placas de carros.

A região de Botafogo é a
segunda da capital que mais registra furto de veículos. E esse é,
segundo o ISP, o crime que mais cresceu até maio deste ano, com 24,8%.

 

Origem: JB On-Line


Marcelo Peres
Editor do Guia do CFTV

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Eng° Marcelo Peres

Eng° Eletricista Enfase em Eletrônica e TI, Técnico em Eletrônica, Consultor de Tecnologia, Projetista, Supervisor Técnico, Instrutor e Palestrante de Sistemas de Segurança, Segurança, TI, Sem Fio, Usuário Linux.

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