Aplicação da teoria do Círculo Concêntrico na Ssegurança Fisica

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Hoje existem inúmeras condições mais favoráveis e, utilizando meios tecnológicos, aumentaram as condições de segurança física das empresas e moradias de todos os tipos.

De forma natural, as pessoas já aplicam esta técnica quando cercam sua área periférica, seja da casa, do condomínio ou da empresa.

Esta é a primeira barreira do círculo concêntrico, também conhecida como efeito cebola ou de camadas.

A porta da casa, por exemplo, já seria a segunda camada de proteção.

Também não há um número correto de círculos ou barreiras para se alcançar os ativos mais críticos, isso dependerá da estrutura e do terreno da empresa.

Normalmente têm-se os muros ou cercas, as portas e grades, salas em áreas segmentadas, separadas de outras áreas de circulação, salas cofres e todos os equipamentos e número de seguranças de acordo com a necessidade.  

A partir do ataque terrorista às torres do WTC, ocorrido em 2001 nos EUA, a teoria evoluiu e passou a ser conhecida como Esferas Concêntricas, onde a segurança deve ter camadas no espaço aéreo e subterrâneo.

Para os profissionais da segurança empresarial, não se pode conceber a ideia de implantação de um sistema de segurança física sem antes haver sido elaborada uma análise de risco com a finalidade de identificar os pontos críticos de uma empresa e seus riscos. Essa análise de risco identificará qual a probabilidade e o impacto, caso o risco se concretize, para aquele tipo de negócio.

É a partir dessa avaliação que os planos são elaborados e as vulnerabilidades identificadas serão tratadas.

Um sistema de segurança é elaborado em razão dos ricos identificados e cada situação exigirá uma resposta diferente, de acordo com o tipo de negócio.

Podemos classificar as formas de segurança física, basicamente, em três tipos.

Humanos – os agentes de segurança (vigilantes).

Animais – cães e outros animais.

Meios Técnicos:

Meios Técnicos Ativos – são os dispositivos de segurança, como por exemplo: câmeras, sensores, centrais de monitoramentos, etc.

Meios Técnicos Passivos – são elementos estruturais, como por exemplo: muros, cercas, layout, resistência das portas e fechaduras, etc.

PLANO TÁTICO

De acordo com. Brasiliano, em seu livro Planejamento da Segurança Empresarial – Metodologia e Implantação (Sicurezza, 1999), os objetivos táticos são:

“1° – Detectar o risco – significa identificá-los antes que o evento se concretize, ou seja, basicamente projetar um sistema que atue preventivamente.

2° – Inibir, dissuadir o intruso – o agressor sente-se psicologicamente impedido de agredir a edificação/empresa, pois a utilização dos variados subsistemas de segurança, de forma ostensiva, provoca sua desistência. Pode-se citar como exemplos comuns: muros altos, boa iluminação, Circuito Fechado de Televisão, etc.

3° – Impedir a agressão – através da implantação de barreiras físicas ou eletrônicas o agressor não cumpre sua finalidade, pois ou foi detectado antes de cometer a agressão ou fugiu quando identificado.

4° – Retardar a agressão – quando se implanta uma série de barreiras físicas e eletrônicas com o objetivo de retardar o agressor para que as forças de reação possam responder e atender a contingência.

5° – Responder a agressão – a resposta pode ser tanto humana, como a vinda da força de reação para combater a contingência, quanto como eletrônica, como o fechamento de portas, elevadores, dutos de ar condicionados entre outros. Com qualquer meio o importante é que a agressão tenha uma resposta efetiva.  Caso contrário, o projeto de segurança se tornará ineficaz e cairá em descrédito, pois o agressor saberá o “time” necessário para realizar a agressão. ” Brasiliano (1999, p. 145 e 146).

CONTROLE DE ACESSO

Nada mais usual em segurança física do que o controle de acesso.

Nesse caso, basicamente, podemos dividir em três formas para realizarmos o controle de acesso, de acordo com os meios utilizados e a necessidade de controle naquela área.

Normalmente, o material mais utilizado é o crachá, seja ele com código de barras ou com chip ou qualquer outro meio de identificação. Ele na verdade possui a característica de quem esta portando-o, então ele é algo que você tem.

Outra forma de controle de acesso é quando você necessita digitar uma senha para ter acesso ao local protegido. Este tipo de controle de acesso depende de algo você saiba, no caso é a senha.

Ainda outro tipo, e que está sendo cada vez mais utilizado, é o sistema biométrico, que é algo que você é. Este sistema tem diversas variáveis, como as digitais, voz, Iris dos olhos, etc.

Então, resumindo, o controle de acesso depende de:

  • Algo que você possua (crachá ou cartão, por exemplo);
  • Algo que você saiba (senha, por exemplo); ou
  • Como você é (biometria, sendo bio (vida) + metria (medida).

Se juntarmos as duas formas, ou seja, a esfera concêntrica, onde o gestor pode segmentar o acesso, de forma que em alguns andares do prédio, por exemplo, ou alguma área específica deva ser melhor guarnecida, de acordo com o ativo que ela protege.

Desse modo, o local poderia ter o aceso restrito, sendo necessária uma identificação positiva.

IDENTIFICAÇÃO POSITIVA

É o uso de dois ou mais métodos de identificação.

Pode ser, por exemplo, algo que você tenha (crachá ou cartão) + algo que você saiba (senha) ou então. Algo que você tenha (crachá ou cartão) + o que você é (biometria) e assim por diante.

Lembrando que estas exigências são determinadas de acordo com o tipo de ativo a ser protegido e a necessidade de maior segurança naquela área e isso será sempre determinado a partir de uma análise e avaliação dos riscos do negócio.

Cláudio dos santos Moretti – CES, ASE

Diretor da ABSEG. Professor do curso de Segurança Avançada, o MBS – Master Business Security da Fesp/Brasiliano & Associados/ Interisk – Inteligência em Riscos.  claudio_moretti@uol.com.br

Origem: Netseg

Marcelo Peres

mpperes@guiadocftv.com.br

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