Futuro do armazenamento pode envolver dados guardados em moléculas de plástico

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“Se um esquema de felicidade falha, a natureza humana se volta para outro”.

Essas palavras, que foram eternizadas no livro Mansfield Park, da escritora britânica Jane Austen, publicado em 1814, agora entram para a história como as primeiras a serem gravadas sobre uma pequena molécula de plástico.

Os pesquisadores da Universidade do Texas, nos EUA, criaram uma nova tecnologia capaz de armazenar dados de forma mais eficiente e ocupando menos espaço que os sistemas disponíveis no mercado. O plástico é um material estável, de fácil fabricação e com ótima capacidade de armazenamento: os polímeros utilizados na sua construção são moléculas de cadeia longa, que possuem várias unidades de repetição, conhecidas como monômeros.

Plástico x DNA

Os cientistas já usaram moléculas de DNA para testar a capacidade de armazenamento de dados e os blocos de construção, mais famosos da natureza, se saíram muito bem. Cada molécula tem um tempo de vida útil estimado em 500 mil anos, se armazenada de forma correta.

É muito mais do que tinta e papel ou qualquer outro dispositivo mais moderno, como discos rígidos, pen drives ou cartões de memória. O problema é que moléculas de DNA precisam ser mantidas estéreis em ambientes controlados, o que torna sua utilização cara e difícil de ser aplicada.

Esquema de escrita e leitura molecular (Imagem: Reprodução Science Direct)

Já os plásticos são muito mais fáceis de manusear e podem durar ainda mais que as moléculas de DNA. Cada DNA possui quatro blocos que podem armazenar 10¹⁹ (dez quintilhões) de bits de informação por metro cúbico. Os polímeros têm um número quase infinito de blocos que podem ser usados para guardar informações, fazendo com que esse material possa manter sua capacidade de armazenamento por tempo indeterminado.

O experimento foi validado por especialistas independentes que conseguiram recuperar quase 99% dos dados armazenados. Além disso, depois de alguns ajustes, eles atingiram uma marca surpreendente ao decifrar 158 sequências de monômeros sem encontrar erro algum.

origem: https://canaltech.com.br/inovacao/futuro-do-armazenamento-pode-envolver-dados-guardados-em-moleculas-de-plastico-183407/

Sirlei Madruga de Oliveira

Editora do Guia do CFTV

 sirlei@guiadocftv.com.br

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