Tecnologia como uma ferramenta de inclusão para PCD

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Recentemente li a frase “a tecnologia está aí, o único limite é a nossa imaginação” e me vi pensando em como a tecnologia nos auxilia em tarefas tão banais, mas que, sem ela, não conseguiríamos. Com ela, podemos navegar pelas redes sociais, ligar o notebook para trabalhar, assistir à TV, dirigir e, para pessoas com deficiência (PCD), pode significar muito mais do que isso.

Deve parecer exagero para alguns, mas podemos perceber a tecnologia como uma ferramenta de inclusão e temos inúmeros exemplos que comprovam isso. O mais prático de todos aconteceu agora com a pandemia, sendo o PC o responsável por nos manter próximos, mesmo a distância.

Agora, quando falamos de inclusão e buscar um lugar para todas as pessoas, a tecnologia também vem se mostrando cada vez mais essencial e exemplos disso também não faltam.

Na área de Tech, inúmeras empresas têm investido em equipamentos e softwares para buscar facilitar o dia a dia das PCDs. Em paralelo, também se vê o empenho para promover um ambiente de trabalho equitativo, buscando acolher as diferenças e dando oportunidades que considerem as necessidades específicas e características individuais.

De inovações, podemos citar: o mouse ocular voltado para diferenciar sinais voluntários e involuntários de pessoas tetraplégicas, evitando, dessa forma, que comandos errados sejam enviados; mouses de cabeça, que são conectados a uma webcam que identifica os movimentos da cabeça para movimentar o cursor do mouse na tela do computador; aplicativos que ajudam na ambientação de pessoas em cadeira de rodas ou com deficiência visual, dentre outras tecnologias que auxiliam no dia a dia.

Ano passado mesmo, desenvolvedores de inteligência artificial (IA) da Intel criaram uma mochila equipada com IA e ativada por voz, capaz de ajudar deficientes visuais a explorar e perceber o mundo à sua volta.

A mochila ajuda na identificação de desafios rotineiros como sinais de trânsito, obstáculos suspensos, faixas de pedestres, objetos em movimento e mudanças de elevação por meio da execução de um dispositivo interativo com baixo consumo de energia.

Esses exemplos fazem parte da chamada “Tecnologia assistiva”, que nada mais é do que um conjunto de recursos, dispositivos e técnicas que proporcionam ou ampliam as habilidades funcionais de pessoas com deficiência, contribuindo muito para a inclusão social delas, gerando maior independência e mais qualidade de vida.

Aproximadamente 15% da população mundial têm algum tipo de deficiência, e estima-se que 70% das deficiências são invisíveis, segundo a Organização Mundial da Saúde.

No dia 2 de abril, foi o Dia Mundial de Conscientização Sobre o Autismo. O transtorno pode agir como uma deficiência invisível a depender do caso, pois afeta diferentes níveis em cada indivíduo, fazendo que muitos façam parte dos 70%.

Quanto a isso, o mercado de trabalho tem que estar preparado não somente para seus funcionários com deficiência se sentirem bem na empresa, como também atrair mais PCDs para dentro da companhia.

O motivo principal disso é uma consequência que resume o porquê essa deve ser uma preocupação das empresas: é o certo a se fazer e gera resultados financeiros positivos.

As organizações definidas como “campeãs da deficiência” alcançaram, em média, 28% de receita superior, o dobro da receita líquida e 30% de margem de lucro econômica superior aos seus pares, de acordo com o DisabilityIN.

É preciso pensar no todo, ter uma cultura inclusiva que funcione dentro da empresa, podendo ser construída por meio de investimentos em treinamentos e auxílio de especialistas que ajudem a criar um ambiente inclusivo para os funcionários com deficiência, além de, é claro, também traçar parcerias com instituições e organizações não governamentais (ONGs) que levem maiores resultados do tema para comunidade. Quando um ganha, todos ganham.

A Intel tem o compromisso de levar maior diversidade e inclusão tanto internamente quanto externamente, para o mercado de trabalho como um todo. Em dezembro de 2020, a Intel se comprometeu a aumentar em 10 vezes o número de funcionários da força de trabalho que se autoidentifica como PCD até 2030.

Para a comunidade, a Intel está fazendo uma parceria com o Instituto da Oportunidade Social (IOS) e a Dell Technologies com foco em auxiliar a recolocação no mercado de trabalho de pessoas com deficiência.

A parceria dura quase 3 anos e já conta com 892 formados com idades de 15 a 29 anos, entre professores e pessoas com deficiência. Desse total, 277 já conseguiram emprego, resultando em uma média de 49% de aumento na renda de suas famílias. Para esse ano, a Intel investiu quase R$ 700 mil reais (US$ 125 mil dólares) para que o projeto continue preparando ainda mais pessoas para o mercado de trabalho.

É necessário que essa temática seja explorada em todas as empresas e considerada uma parte estratégica para gerar mais resultados às organizações. Junto disso, pensando em fortalecer a entrada e a permanência das pessoas com deficiência no mercado, além de contratar, é fundamental pensar estratégias e frentes que garantam suporte para que, após contratados, as PCDS se desenvolvam. E, para isso, a tecnologia é a melhor aliada.

Roberta Knijnik é gerente de Vendas e Marketing da Intel Brasil e líder da América Latina do Women at Intel Network (WIN),

origem: Tecnologia como uma ferramenta de inclusão para PCD – TecMundo

Sirlei Madruga de Oliveira

Editora do Guia do CFTV

 sirlei@guiadocftv.com.br

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Sirlei Maria Guia do CFTV

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