Evolução da compactação de vídeo em sistemas de Videomonitoramento

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A compactação de vídeo é uma tecnologia que permite reduzir o tamanho do arquivo de vídeo sem comprometer significativamente a qualidade da imagem. No contexto de sistemas de videomonitoramento ou CFTV (Circuito Fechado de TV), a compactação de vídeo pode ter um impacto significativo na capacidade de armazenamento e na largura de banda necessária para transmitir as imagens em tempo real.

Ao compactar os vídeos de sistemas de videomonitoramento, é possível armazenar uma quantidade maior de imagens em um disco rígido ou outro dispositivo de armazenamento, permitindo que os sistemas de CFTV gravem imagens por períodos mais longos sem precisar trocar os dispositivos de armazenamento com frequência. Isso pode ser particularmente útil em locais com muitas câmeras de vigilância e onde o armazenamento é limitado.

Além disso, a compactação de vídeo também pode reduzir a quantidade de largura de banda necessária para transmitir as imagens de vigilância ao vivo. Isso é importante quando as imagens precisam ser transmitidas pela internet ou em uma rede com largura de banda limitada, como em sistemas de vigilância móvel.

No entanto, é importante observar que a compactação excessiva do vídeo pode comprometer a qualidade das imagens de vigilância, tornando-as menos úteis para fins de investigação criminal ou para identificação de suspeitos. Portanto, é necessário encontrar um equilíbrio adequado entre a taxa de compactação e a qualidade da imagem para garantir que as imagens de vigilância sejam úteis e confiáveis.

O que é um CODEC de compactação de vídeo?

Um codec de vídeo é um software ou hardware que codifica e decodifica sinais de vídeo digitais para permitir a transmissão, armazenamento e reprodução de arquivos de vídeo. O termo codec é uma abreviação de “codificador/decodificador” (em inglês, encoder/decoder), e é usado para se referir a uma variedade de algoritmos e padrões que comprimem e descomprimem dados de vídeo.

Os codecs de vídeo são usados em várias aplicações, desde transmissões de televisão e filmes até videoconferências e vídeos online. Eles são responsáveis por compactar os dados de vídeo em um formato que possa ser transmitido pela Internet ou armazenado em um dispositivo de armazenamento, como um disco rígido. Quando o vídeo é reproduzido, o codec descomprime os dados para que possam ser visualizados na tela.

Existem vários codecs de vídeo diferentes disponíveis, e cada um tem suas próprias vantagens e desvantagens. Alguns dos codecs mais comuns incluem:

  • H.264: Este é um dos codecs mais populares atualmente em uso, e é usado para transmissões de televisão, vídeos online e videoconferências. Ele fornece uma boa qualidade de vídeo com uma taxa de bits relativamente baixa, o que o torna ideal para transmissão de vídeo pela Internet.
  • HEVC: O High Efficiency Video Coding (HEVC), também conhecido como H.265, é um codec mais recente que oferece uma maior eficiência de compressão do que o H.264. Ele é capaz de fornecer a mesma qualidade de vídeo com uma taxa de bits menor, o que o torna ideal para transmissão de vídeo em alta resolução.
  • VP9: O VP9 é um codec desenvolvido pelo Google, e é usado principalmente para vídeos do YouTube. Ele oferece uma qualidade de vídeo comparável ao H.264, mas com uma taxa de bits mais baixa.
  • AV1: O AV1 é um codec de vídeo de próxima geração que está sendo desenvolvido pelo grupo Alliance for Open Media. Ele promete uma eficiência de compressão ainda maior do que o HEVC e é ideal para transmissão de vídeo em resoluções mais altas.

Os codecs de vídeo são essenciais para permitir a transmissão e armazenamento eficientes de vídeo digital. Eles permitem que os arquivos de vídeo sejam compactados em tamanhos gerenciáveis sem sacrificar a qualidade da imagem. Como a tecnologia continua a avançar, é provável que novos codecs sejam desenvolvidos para melhorar ainda mais a eficiência de compressão e a qualidade do vídeo.

A história da Compactação de Vídeo em sistemas de videomonitoramento

Os codecs de vídeo têm uma história interessante, que começou no início da era do cinema. No início, a única maneira de gravar e exibir filmes era através do uso de películas. Com o tempo, surgiu a necessidade de armazenar esses filmes em formatos digitais para facilitar a distribuição e a exibição. Os codecs de vídeo foram desenvolvidos para comprimir esses filmes digitais para que ocupassem menos espaço de armazenamento e tivessem menos demanda de largura de banda durante a transmissão.

Na década de 1980, os codecs de vídeo começaram a ser desenvolvidos para a transmissão de televisão digital. O primeiro padrão de compressão de vídeo, o MPEG-1, foi desenvolvido em 1988. O MPEG-1 permitia que o vídeo fosse compactado para um tamanho menor, enquanto mantinha uma qualidade de imagem aceitável. Isso abriu caminho para a distribuição de filmes digitais e a transmissão de televisão em alta definição.

Na década de 1990, o MPEG-2 foi desenvolvido para substituir o MPEG-1 e tornar a transmissão de televisão digital mais eficiente. O MPEG-2 permitia a transmissão de vídeo em alta definição e também permitia que o áudio fosse compactado junto com o vídeo. Isso tornou a transmissão de televisão digital mais eficiente e permitiu a distribuição de filmes em DVD.

No inicio da digitalização de sistemas de CFTV e videomonitoramento foram utilizadas as técnicas de compactação de vídeo JPEG e MJPEG, as quais possibilitaram mudar os meios de gravação sem maiores impactos para os equipamentos existentes de captura e processamento de vídeo, adicionando ou substituindo a gravação em fitas VHS pela gravação em Drives de Discos Rígidos (HDD). Posteriormente, com a melhoria na capacidade de processamento dos sistemas, passou-se a utilizar a compactação de vídeo MPEG-4, trazendo inúmeros benefícios de qualidade e principalmente economia de espaço em disco necessário para gravações.

Em 2003, o H.264 foi introduzido como um novo codec de vídeo. O H.264 foi uma grande melhoria em relação aos codecs anteriores, pois era capaz de comprimir ainda mais o vídeo sem comprometer a qualidade da imagem. Isso tornou a distribuição de filmes digitais mais rápida e mais fácil. Além disso, o H.264 permitiu que o vídeo fosse transmitido em dispositivos móveis, como smartphones e tablets.

Nos últimos anos, codecs de vídeo mais recentes, como o HEVC/H.265, surgiram para melhorar ainda mais a eficiência de compressão de vídeo. O HEVC é capaz de comprimir o vídeo em até 50% em relação ao H.264, enquanto mantém a qualidade da imagem. Isso torna a distribuição de vídeo em 4K e 8K mais acessível e eficiente.

A evolução dos codecs de vídeo é uma história de melhoria contínua. Cada novo codec de vídeo foi desenvolvido para tornar a distribuição de filmes digitais e a transmissão de televisão mais eficiente e mais acessível. Com a evolução da tecnologia, é provável que novos codecs de vídeo sejam desenvolvidos para atender às necessidades em constante mudança dos consumidores e da indústria de entretenimento.

Compactação JPEG

JPEG (Joint Photographic Experts Group) é um método de compressão de imagens digitais amplamente utilizado na fotografia digital e em outras áreas onde a qualidade visual é importante. A compactação JPEG utiliza uma técnica de compressão com perda, o que significa que parte das informações da imagem é perdida durante o processo de compactação.

A compactação de vídeo JPEG é uma extensão da compactação JPEG que permite a compressão de sequências de imagens, como vídeo. É uma técnica muito popular para compactação de vídeo em câmeras de vigilância, streaming de vídeo e outros aplicativos que exigem transmissão de vídeo de alta qualidade com largura de banda limitada.

O processo de compactação de vídeo JPEG começa dividindo a sequência de imagens em quadros ou frames. Cada quadro é tratado individualmente como uma imagem JPEG e é compactado independentemente. A compactação de vídeo JPEG usa uma combinação de compressão intraframe e interframe para maximizar a eficiência da compactação. A compressão intraframe envolve a compactação de cada quadro individualmente, sem referência aos quadros anteriores ou posteriores. A compressão interframe envolve a análise de quadros sucessivos e a eliminação de informações redundantes entre os quadros, resultando em uma redução adicional no tamanho do arquivo.

Uma das principais vantagens da compactação de vídeo JPEG é a qualidade visual resultante, que pode ser muito alta. O algoritmo JPEG é capaz de reduzir significativamente o tamanho do arquivo sem perder detalhes importantes ou qualidade visual. No entanto, a compactação de vídeo JPEG tem algumas limitações em termos de compressão de vídeo de alta qualidade. A compactação de vídeo JPEG é mais adequada para vídeos com movimento relativamente lento e com poucas mudanças de cena, já que a técnica de compressão interframe pode ter dificuldades em detectar mudanças rápidas na imagem.

Além disso, a compactação de vídeo JPEG pode ser menos eficiente do que outros codecs de vídeo modernos em termos de tamanho de arquivo. Outros codecs de vídeo, como H.264 e H.265, usam técnicas mais avançadas de compressão de vídeo, incluindo análise de movimento e detecção de objetos, resultando em tamanhos de arquivo menores com a mesma qualidade visual. No entanto, a compactação de vídeo JPEG continua sendo uma escolha popular para câmeras de vigilância e outros aplicativos de vídeo devido à sua facilidade de uso e qualidade visual.

MJPEG

MJPEG significa Motion JPEG, ou JPEG em movimento, é um formato de codificação de vídeo que é usado para comprimir vídeos digitais. É um tipo de codec de vídeo que comprime cada quadro de vídeo como uma imagem JPEG separada. Isso significa que cada quadro do vídeo é uma imagem fixa, semelhante a uma fotografia digital, que é comprimida usando o algoritmo JPEG.

Diferentemente de outros codecs de vídeo, como o H.264, que comprimem vários quadros em um único pacote de dados, o MJPEG comprime cada quadro de vídeo individualmente. Isso pode resultar em um arquivo maior e menos eficiente em termos de armazenamento do que outros codecs de vídeo.

O MJPEG foi desenvolvido no final dos anos 80 como uma alternativa aos codecs de vídeo baseados em inter-quadros, como o MPEG. Na época, a tecnologia de processamento de vídeo não era tão avançada quanto hoje, e os codecs interquadros eram muito exigentes em termos de poder de processamento. O MJPEG era uma solução mais simples e eficiente em termos de processamento, pois exigia menos recursos para descompactar os quadros de vídeo.

O MJPEG é um formato comum em câmeras de segurança e câmeras de vídeo de alta definição, pois é capaz de capturar imagens nítidas e detalhadas com alta fidelidade de cores. Ele também é usado em aplicações de transmissão de vídeo ao vivo na web e em outras situações onde a qualidade de imagem é uma prioridade.

No entanto, como cada quadro do vídeo é comprimido individualmente, o MJPEG pode produzir arquivos maiores do que outros codecs de vídeo. Isso pode ser um problema em situações em que o armazenamento é limitado ou quando a largura de banda da rede é um problema. Além disso, o MJPEG não é tão eficiente quanto outros codecs de vídeo em termos de compressão, o que pode resultar em arquivos de vídeo maiores do que o necessário.

Em resumo, o MJPEG é um formato de codificação de vídeo que comprime cada quadro de vídeo como uma imagem JPEG separada. Embora seja menos eficiente em termos de armazenamento do que outros codecs de vídeo, ele é capaz de capturar imagens nítidas e detalhadas com alta fidelidade de cores, tornando-o uma opção popular para câmeras de segurança, câmeras de vídeo de alta definição e aplicações de transmissão de vídeo ao vivo na web.

Ainda hoje as compactações JPEG e MJPEG são usadas como Streamming alternativo para câmeras IP e Gravadores de vídeo, como segundo, terceiro ou quarto stream ou fluxo de vídeo, destinados principalmente para dispositivos e redes de baixa capacidade de processamento e conexões com larguras de banda limitadas.

MPEG-4

A compactação de vídeo MPEG-4 é um padrão de compressão de vídeo desenvolvido pelo Moving Picture Experts Group (MPEG). Ele é projetado para comprimir vídeo de forma eficiente, mantendo a qualidade da imagem. O MPEG-4 utiliza técnicas de codificação de vídeo em bloco, compensação de movimento e filtragem para reduzir a quantidade de dados necessários para representar um vídeo.

Em sistemas de CFTV e videomonitoramento, a compactação MPEG-4 foi muito usada como codec de compactação de vídeo para câmeras IP e gravadores digitais, para comprimir vídeos para a transmissão e gravação em DVRs (gravadores digitais de vídeo) e NVRs (gravadores de vídeo em rede). O MPEG-4 permite que os dados de vídeo sejam armazenados de forma mais eficiente que o JPEG e MJPEG, ocupando menos espaço em disco e reduzindo o custo de armazenamento, pois a gravação e transmissão reduz as redundâncias de imagens estáticas e de imagens em movimento.

A compactação MPEG-4 também é amplamente usada em sistemas de vigilância por vídeo em rede, onde o vídeo é transmitido pela Internet ou por uma rede local. Ao compactar o vídeo usando o MPEG-4, é possível transmiti-lo com eficiência através de conexões de rede com largura de banda limitada.

Além disso, a compactação MPEG-4 oferece recursos avançados, como a capacidade de codificar e decodificar vídeo em alta definição (HD) e a capacidade de suportar formatos de vídeo em tela ampla (16:9). Também possui suporte para codificação de áudio, permitindo que o áudio seja compactado junto com o vídeo.

A compactação de vídeo MPEG-4 é um padrão eficiente de vídeo que foi amplamente utilizado na compressão de vídeo em sistemas de videomonitoramento, mas foi substituída pelas tecnologias de compactações derivadas e mais avançadas H.264 e H.265.

H.264

A compactação de vídeo H.264 é um padrão de compressão de vídeo digital que é amplamente utilizado em sistemas de videomonitoramento para armazenar, transmitir e visualizar vídeo em alta qualidade. O H.264 também é comumente conhecido como AVC (Advanced Video Coding). A compactação H.264 é capaz de comprimir o tamanho do arquivo de vídeo em até 80% sem sacrificar significativamente a qualidade da imagem. Isso é possível graças a um conjunto de algoritmos de compressão que reduzem a redundância de dados e otimizam a codificação dos quadros de vídeo. O H.265 foi desenvolvido através da evolução do Codec MPEG-4, agregando maior capacidade e maior eficiência em sistemas de alta resolução, proporcionando mais qualidade de vídeo e maior redução de espaço em disco e largura de banda em relação a tecnologia anterior.

Em um sistema de CFTV, a compactação H.264 é usada para reduzir a largura de banda necessária para transmitir o vídeo ao vivo e gravado através da rede. Isso é especialmente importante em sistemas de vigilância em larga escala, onde vários canais de vídeo são monitorados simultaneamente. A compactação H.264 também é usada para armazenar vídeo em dispositivos de armazenamento, como discos rígidos, cartões de memória e unidades de rede.

Além disso, a compactação H.264 é capaz de transmitir vídeo em alta definição (HD) e resoluções maiores, permitindo que os sistemas de CFTV capturem imagens mais nítidas e detalhadas. Isso é particularmente útil em aplicações de segurança, onde a qualidade da imagem é fundamental para a identificação de pessoas e objetos.

H.265

A compactação de vídeo H.265, também conhecida como HEVC (High Efficiency Video Coding), é um padrão de compressão de vídeo de alta eficiência que oferece uma melhoria significativa na relação de compactação em comparação com o seu antecessor, o H.264. O H.265 utiliza técnicas mais avançadas de codificação, como o particionamento de blocos flexíveis e a predição de movimento aprimorada, resultando em uma compressão mais eficiente. Isso significa que, em comparação com o H.264, o H.265 pode reduzir pela metade a taxa de bits necessária para transmitir o mesmo conteúdo de vídeo com a mesma qualidade.

Em sistemas de CFTV, a compactação de vídeo H.265 é utilizada para transmitir e armazenar imagens de câmeras de segurança com alta qualidade, mas com menos largura de banda e espaço de armazenamento necessários. Isso permite que os usuários de CFTV economizem em custos de largura de banda e armazenamento, permitindo que mais câmeras sejam adicionadas ao sistema sem comprometer a qualidade da imagem. Além disso, a compactação H.265 também é importante para a transmissão de vídeo em tempo real em sistemas de vigilância, onde a latência é crítica.

A compactação H.265 impacta a gravação e transmissão de imagens de alta resolução em sistemas de videomonitoramento de várias maneiras. Uma das principais vantagens da compactação H.265 é a capacidade de reduzir significativamente o tamanho dos arquivos de vídeo sem comprometer a qualidade da imagem. Isso significa que os usuários podem armazenar mais vídeos em seus sistemas de armazenamento de dados sem aumentar o espaço de armazenamento.

Além disso, a compactação H.265 permite que os sistemas de CFTV transmitam vídeo de alta resolução com largura de banda reduzida. Isso é particularmente útil em situações em que a largura de banda é limitada, como em redes móveis ou de Internet de banda estreita.

No entanto, uma desvantagem da compactação H.265 é que ela exige mais recursos de processamento do que outros padrões de compressão de vídeo, o que pode levar a um aumento no custo dos dispositivos de codificação e decodificação. Além disso, como a compactação H.265 é um padrão relativamente novo, nem todos os dispositivos de reprodução de vídeo suportam a decodificação do formato.

Em resumo, a compactação H.265 oferece muitas vantagens em relação aos padrões de compressão de vídeo mais antigos, especialmente em termos de redução de tamanho de arquivo e largura de banda. No entanto, os usuários devem estar cientes das desvantagens potenciais, como os custos mais elevados dos dispositivos de codificação e decodificação e a necessidade de compatibilidade de hardware.

Smart Codecs

Smart codecs são tecnologias de compressão de vídeo utilizadas em sistemas de videomonitoramento que empregam técnicas avançadas de análise de imagem para otimizar a codificação e a transmissão de dados de vídeo.

Diferentemente das técnicas convencionais de compactação, que aplicam a mesma taxa de compressão em toda a imagem, independentemente do conteúdo, os smart codecs utilizam algoritmos inteligentes para identificar as regiões de interesse (ROI, do inglês Region of Interest) na imagem e aplicar uma compressão diferenciada a cada uma dessas áreas.

Dessa forma, as áreas com maior movimentação ou detalhamento podem receber uma taxa de compressão menor, enquanto áreas com pouca movimentação ou menos detalhes podem ser comprimidas mais fortemente, sem perda significativa de qualidade.

Os smart codecs também podem aplicar técnicas de compressão adaptativa, que ajustam a taxa de compressão de acordo com a quantidade de movimento ou a complexidade da imagem em tempo real, proporcionando uma qualidade de imagem mais consistente e otimizando o uso de largura de banda e armazenamento.

Essas tecnologias de codificação inteligente podem ser encontradas em câmeras de videomonitoramento de alta qualidade e em sistemas de gerenciamento de vídeo avançados, permitindo uma melhor qualidade de imagem, maior eficiência de largura de banda e uma redução significativa nos requisitos de armazenamento.

Os smart-codecs são uma evolução dos codecs de vídeo convencionais, como o H.264 e o H.265, que visam melhorar a eficiência de compressão de dados, reduzir o consumo de banda e armazenamento e garantir a qualidade de imagem em sistemas de videomonitoramento. Essa tecnologia funciona através de algoritmos avançados de processamento de imagem que analisam o conteúdo do vídeo em tempo real e ajustam a taxa de compressão de acordo com a complexidade da cena. Dessa forma, áreas estáticas da imagem, como paredes, pisos e tetos, são comprimidas com maior eficiência, enquanto áreas com movimento, como pessoas, carros e animais, são mantidas com maior detalhe.

Além disso, os smart-codecs também podem usar outras técnicas de compressão, como a codificação intra-frame e a codificação adaptativa de qualidade, para otimizar ainda mais a eficiência de compressão e reduzir o tamanho do arquivo sem comprometer a qualidade da imagem.

Com o uso de smart-codecs em sistemas de videomonitoramento, é possível reduzir significativamente o consumo de banda e armazenamento, permitindo que as empresas de segurança aumentem a resolução e a qualidade das imagens capturadas sem comprometer o desempenho do sistema. Isso pode ser especialmente útil em aplicações de videomonitoramento de alta resolução, como vigilância de grandes áreas públicas, transporte e infraestrutura crítica.

H.266

O codec H.266, também conhecido como Versatile Video Coding (VVC), é a mais recente evolução dos codecs de compressão de vídeo. Foi desenvolvido pelo Moving Picture Experts Group (MPEG) e pelo Video Coding Experts Group (VCEG), com o objetivo de oferecer uma compressão de vídeo ainda mais eficiente e capaz de lidar com a crescente demanda por vídeo de alta resolução. O H.266 é capaz de reduzir o tamanho do arquivo em até 50% em relação ao seu antecessor, o H.265, o que o torna especialmente útil para transmissão de vídeo em redes de baixa largura de banda e armazenamento de vídeo em dispositivos com capacidade limitada.

Entre as suas principais características, o codec H.266 é capaz de lidar com vídeos de resolução até 8K, bem como oferecer melhorias em relação à qualidade de imagem e eficiência em relação à compressão de cores. Além disso, o codec foi projetado para ser compatível com codecs anteriores, permitindo que o conteúdo existente seja reproduzido em dispositivos que suportam o novo formato.

No entanto, o Codec H.26 ainda é uma tecnologia em desenvolvimento e ainda não está sendo utilizado na indústria de videomonitoramento e CFTV, porém é importante estarmos atentos aos desenvolvimentos e tendências futuras.

O Futuro da Compactação de Vídeo

O futuro dos codecs de vídeo tende a ser extremamente promissor e importante para a segurança física, com a busca por melhorias na qualidade de imagem e na eficiência da compressão de dados. Novos codecs estão sendo desenvolvidos e aprimorados para oferecer uma melhor experiência visual em várias aplicações, como em streaming de vídeo, jogos, realidade virtual e aumentada, videomonitoramento, entre outros.

Entre as tendências que se destacam para o futuro dos codecs de vídeo, podemos citar:

  1. Maior eficiência na compressão de dados: o objetivo é reduzir ainda mais o tamanho dos arquivos de vídeo, sem comprometer a qualidade da imagem.
  2. Suporte para resoluções de imagem mais altas: com o aumento da demanda por imagens de alta resolução, os codecs precisarão ser capazes de lidar com esses formatos.
  3. Melhorias na compressão de áudio: além da imagem, o som também é importante em muitas aplicações de vídeo, e os codecs precisam acompanhar essas demandas.
  4. Compatibilidade com diferentes dispositivos: com a diversidade de dispositivos e plataformas de reprodução de vídeo, os codecs precisam ser compatíveis com uma ampla variedade de equipamentos.

Alguns dos codecs que prometem estar em destaque no futuro incluem o AV1, que é um codec de código aberto e promete uma melhor compressão de dados do que o H.265, além de ser compatível com várias plataformas; e o VVC (Versatile Video Coding), que é um codec que oferece uma melhor eficiência na compressão de dados em comparação com o H.265, com suporte para resoluções de imagem ainda mais altas.

 

 

 

Mensagem Final

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Autor: Engº Marcelo Marcelo Peres

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Eng° Marcelo Peres

Eng° Eletricista Enfase em Eletrônica e TI, Técnico em Eletrônica, Consultor de Tecnologia, Projetista, Supervisor Técnico, Instrutor e Palestrante de Sistemas de Segurança, Segurança, TI, Sem Fio, Usuário Linux.

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