Big Data e Videomonitoramento

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Big Data é uma das áreas de tecnologia responsável pelos estudos de como tratar, analisar e obter informações com base em conjuntos de dados grandes demais para serem analisados por sistemas convencionais. Nas últimas décadas, a quantidade de dados obtidos e gerados tem crescido de forma exponencial.

A evolução e popularização da Internet aumentou de forma abrupta a quantidade de dados produzidos e compartilhados, e a popularização da tecnologia IoT (Internet das coisas) fez com que saíssemos da era dos terabytes para os petabytes. Em 2015, chegamos na era dos zetabytess, e atualmente são gerados mais de 2,5 quintilhões de bytes diariamente, impulsionados por conteúdos principalmente de vídeo.

Big Data
Big Data e CFTV

O termo Big Data surgiu em 1997 e sua utilização foi dada para nomear essa quantidade cada vez mais maior e não estruturada de dados gerados a cada segundo. Atualmente o big data é uma tecnologia essencial nas relações econômicas e sociais e apresentando uma evolução nos sistemas de negócio, medicina, comunicação, transporte e nas ciências.

As ferramentas de big data são de grande importância na definição de estratégias de marketing, aumentar a produtividade, reduzir custos e tomar decisões mais competitivas. A essência do conceito está em agregar valor para negócios. No que tange a ciência, o surgimento do big data representou a criação de um novo ponto de vista, sendo concebido um novo método para evoluir com as fronteiras do conhecimento, por meio de novas tecnologias para coletar, manipular, analisar e exibir dados, construindo valor agregado com as análises produzidas.

Da mesma forma, a popularização de câmeras de CFTV e sistemas de videomonitoramento em alta resolução. produz em apenas um dia quantidades gigantescas de dados não estruturados, geralmente não catalogados e surpreendentemente muitas vezes não analisados.

O que os pesquisadores de mercado IHS chamam de dilúvio de dados no setor de vigilância está sendo desencadeado por uma enxurrada de novas câmeras de vídeo megapixel de alta definição (HD) que entram no mercado. Isso está de acordo com o relatório “Armazenamento corporativo e IP usado para vigilância por vídeo” da IHS Inc. Segundo estimativas com os crescentes aumentos no número de câmeras de alta resolução, estimasse que o despejo diário de dados dobrou em menos de quatro anos, expandindo para 859 PB em 2017. Esta quantidade enorme de informações e dados irá impulsonar o uso de tecnologias projetadas para manipular e processar big data no mercado de video vigilância, prevê o IHS.

Sam Grinter, analista de vigilância sênior da IHS, disse: “Os produtos compatíveis com HD devem contabilizar uma parcela crescente dos envios de câmeras de vigilância por vídeo durante os próximos quatro anos. Essas câmeras estão ganhando aceitação porque a qualidade de seu vídeo pode ser superior aos produtos de resolução padrão que anteriormente dominavam o mercado. Mas como cada câmera HD produz muito mais dados do que cada câmera de definição padrão, a quantidade de dados gerados pelo mercado de vigilância está crescendo em proporções massivas. ”

O setor de vigilância está adotando várias tecnologias projetadas para acomodar e mitigar a crescente maré de dados. Por um lado, novos algoritmos de compactação de dados devem ajudar a reduzir a quantidade de dados. Com o padrão HEVC (High Efficiency Video Coding) – também conhecido como H.265, foi possível dobrar a taxa de compactação de dados em comparação ao H.264, o que deve reduzir a quantidade de dados produzidos por câmera nos próximos anos. Da mesma forma os Smart Codecs, permitiram otimizar os recursos de processamento de vídeo de forma a reduzir a largura de banda, bit-rate, latência e consumo de processamento.

Outro desenvolvimento importante, é a análise de conteúdo de vídeo ou simplesmente VCA. O VCA pode ser usado para reduzir o tempo que uma câmera de vigilância por vídeo está gravando usando linhas virtuais (cercas virtuais) e zonas de exclusão. Fios de linhas virtuais e zonas de exclusão podem direcionar uma câmera a gravar uma vez que um evento predefinido tenha ocorrido, como uma pessoa entrando em um estacionamento.

Isso significa que apenas eventos importantes serão gravados por câmeras de CFTV, em vez de gravar continuamente. À medida que as instalações de sistemas com VCA aumentam, a tecnologia tem o potencial de reduzir a quantidade de dados produzidos por câmera e sistemas de CFTV, uma vez que só serão armazenados dados realmente úteis.

Além disso; unidades de disco rígido (HDDs), onde as capacidades estão aumentando. Enquanto a quantidade de dados produzidos por câmera está em expansão, o mesmo ocorre com a capacidade de gravar esses dados no local ou por meio de sistemas em rede. Recentemente foram lançados Discos Rígidos individuais para Videovigilância de 12 e 16 TB.

Para concluir podemos ressaltar que é importante entender e ter consciência do impacto de toda esta quantidade de dados e informações capturadas e armazenadas e buscar soluções práticas e sustentáveis para trabalhar com toda esta carga de dados. Pois todo esse impacto gera consequências também gigantescas em termos de consumo de energia, produção de lixo eletrônico e resíduos, bem como impacta nos custos de operação e gerenciamento. É importante ter um bom planejamento para otimização de recursos, aproveitamento de tecnologias e sistemas, bem como um plano correto de manutenção, atualização e descarte.

 

 

Marcelo Peres

mpperes@guiadocftv.com.br

Guia do CFTV

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Eng° Marcelo Peres

Eng° Eletricista Enfase em Eletrônica e TI, Técnico em Eletrônica, Consultor de Tecnologia, Projetista, Supervisor Técnico, Instrutor e Palestrante de Sistemas de Segurança, Segurança, TI, Sem Fio, Usuário Linux.

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