Câmeras de monitoramento ajudam a descobrir focos do Aedes no Recife

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Cem equipamentos conseguem visualizar locais altos e distantes. 
Das duas casas visitadas na manhã desta quinta, uma apresentava foco.

Instaladas a seis metros de altura e com um zoom de 400 metros, as câmeras de monitoramento da Secretaria de Segurança Urbana do Recife passam a integrar a frente de combate ao Aedes aegypti. Ao todo, são cem equipamentos que ajudam os agentes da Vigilância Sanitária a localizar possíveis focos do mosquito transmissor da dengue, febre chikungunya e zika vírus em locais altos, de difícil acesso e distantes.

A partir dos flagrantes eletrônicos, equipes da Secretaria Municipal de Saúde do Recife vão até os locais identificados para combater os focos de proliferação e educar a comunidade. O supervisor de operações de controle de vetores da prefeitura do Recife, Carlos Ramos, comenta que, normalmente, uma caixa d’água destampada – por exemplo – é a suspeita de que há focos do mosquito dentro da residência. 

“As câmeras nos ajudam muito porque facilitam nosso trabalho e o deslocamento, porque já vamos naquela casa onde tem o problema, como uma caixa d’água destampada. Isso ajuda a solucionar com mais rapidez, com mais agilidade”, completa.

Os agentes estiveram em duas casas no bairro de Passarinho, Zona Norte da cidade, na manhã desta quinta-feira (17). Uma dessas residências é a casa da comerciante Silvânia Maria Gomes, de 48 anos. Ela ficou surpresa quando os agentes da Vigilância Ambiental descobriram um foco de mosquito na casa.

“Olha só, me preocupei com as coisas grandes, como a piscina, garrafas, mas não notei esse potinho”. A suspeita surgiu, justamente, devido uma caixa d’água destampada, que foi vista pelas câmeras, mas o foco foi encontrado num pote de plástico.

O marido de Silvânia é pedreiro, porém tem na reciclagem uma renda extra para a família. A quantidade de entulhos na residência é uma oportunidade para a proliferação do Aedes aegypti. Dos quatro moradores da casa, um já teve dengue. “José [marido] já está até parando de trabalhar com isso. Nós vamos nos desfazer de tudo isso porque é um risco para a gente, temos crianças aqui. Agora vamos correr contra o tempo”, pondera.

O eletricista Artur Araújo, 27 anos, é vizinho de Silvânia e conta que tem muito medo de alguém na casa ter uma das enfermidades transmitidas pelo mosquito. “Nunca ninguém teve dengue, mas é porque fico preocupado e ligado em possíveis focos. Gosto de receber os agentes em casa porque nos ajudam a ver melhor”, conta.

O morador não fazia ideia de que as câmeras de monitoramento também estavam procurando possíveis focos. “Pensava que era só para a segurança. Estou surpreso, mas isso é bom para o bairro porque vai deixar os moradores mais ligados”, acredita.

Artur é inquilino e divide a casa com mais oito pessoas. Como o local não tem encanamento de água, os moradores precisam armazenar numa caixa d’água, mas o eletricista garante que a situação não é desculpa para permitir que o mosquito se prolifere ali. “Minha esposa comprou uma rede para cobrir a caixa d´água, mas ficou pequena. Então eu coloquei essa lona por cima, foi o jeito que encontrei até comprar uma rede maior. Também deixo os agentes entrarem e colocarem o larvicida. Tudo para proteger quem mora e os vizinhos”, finaliza.

origem: http://g1.globo.com/pernambuco/noticia/2015/12/cameras-de-monitoramento-ajudam-descobrir-focos-do-aedes-no-recife.html

Sirlei Madruga de Oliveira

sirlei@guiadocftv.com.br

Editora do Guia do CFTV

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